IV

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Ah! Flores brilhantes, poéticas
Que da miséria afaga a culpa,
Com labios avivados,
Convulsos, embotados
Embebensse da fragilidade
Eterna, perene, fatigada.

Sendo esta a cruz pura,
Com indefinível mistério,
Extrema serenidade...
Do sangue, sonoramente sutil
Fez-se idêntica as flores
Difusas, de moribundos
Já no alento do tédio.

Tudo! Em petalas perfeitas,
Luminosamente tem tom de graça,
Amor, fé... paixão;
Ante a face plena, serena
Dum sonhador, apaga-se
O mais fino dom humano:
-A esperança.

Poemas EsquecidosOnde histórias criam vida. Descubra agora