Pov. Rick Lancaster
As noites mais escuras, mais frias, mais longas. Era assim para mim há cerca de dois meses. Nunca pensei que sofreria tanto por uma pessoa, e aqui estou fodido, minha imagem refletida no espelho, não é das melhores.
É o que sempre digo “Amar pode machucar, mas perder o objeto de afeto é ainda pior” e essa frase nunca se encaixou tão perfeitamente em minha vida como agora, não queria me apaixonar, queria ser o foda de Los Angeles, o comedor de mulheres, o gostosão e foi assim desde meus dezessete, já um homem com vinte e cinco anos conheci minha acastanhada, me apaixonei, e agora com trinta e dois e sem ela, é como se uma parte de mim tivesse ido com ela, a minha alma foi divida em duas. Parece ser que coisa gay pensar assim, mas se amar é ser gay, então eu sou o maior de todos.
Sinto falta dela, daquele seu jeito bobo, suas gargalhadas em horas inapropriadas, seu apetite que não é normal, adorava isso nela, não era aquelas mulheres chatas que saia e não queria sujar os dedos com gordura, ou comer só salada porque está em uma dieta que nunca tem fim, ela comia tudo de bom que a vida tem de melhor, sem medo, sem culpa. O seu jeito de me acalmar, só ela tinha esse poder sobre mim, a única que se atrevia a me enfrentar quando estava possesso, seu jeito sedutor, mesmo de calças jeans, all star vermelhos nos pés. Seu jeito louco na cama, seu sexo selvagem, mas com um certo carinho, seu jeito fogoso, a que topava tudo sem frescuras. Eduarda Luiza foi feita definitivamente para mim.
Lembranças dos dias felizes que tive ao seu lado passava em minha mente, tivemos crises? Sim, qual casal não tem? Mas o amor que sentíamos um pelo outro superava tudo. Uma menina ainda com seus vinte e quatro anos, ela se tornou uma mulher diante em meus olhos, foi ganhando curvas, mais seriedade, mas sem perder seu bom humor irritante que chegava a incomodar, como uma pessoa podia sorrir tanto? Ela era uma dessas, com ela não tinha tempo ruim, acho que isso me aproximou ainda mais dela.
Começo a sorrir sozinho ao lembrar de uns momentos nossos e de nossas bobeiras, com ela me comportava como um adolescente bobo e apaixonado.
FlashBack On
–Acorda! – a voz de Duda soou nos meus sonhos e eu sorri e tentei me virar na cama, mas tinha algo pesado em cima de mim me impedindo de sair. – Anda, Rick, acorda! – seu tom era mais rude dessa vez e então senti algo atingindo de leve meu rosto, algo gelado e duro. E então o que estava em cima de mim ficou mais pesado e senti cócegas no meu nariz e então Duda sussurrou: – Vamos bonitinho, acorda ou eu vou estourar seus miolos.
Com isso abri meus olhos despertando do transe e Eduarda estava em cima de mim. Seu cabelo estava no meu rosto e quando ela viu que eu tinha acordado, se afastou com um sorriso safado e completamente sexy em seus lábios e ficou sentada bem em cima da minha virilha com o corpo ereto e apenas de sutiã, apontando minha arma para o meu rosto. De princípio não entendi o que aquilo significava e então ela riu.
-Pode falar, que você ficou com medo. – ela disse rindo. – Eu sou a garota má, e mais sexy que existe.
-Você não é má. – acompanhei sua risada e girei, deixando que ela ficasse embaixo de mim. Deixei suas pernas bem afastadas com meu quadril e meu rosto a centímetros do dela. Ela ria e tinha deixado a arma de lado. – Eu sou o vilão da história.
-Com esse enredo você tá mais para o mocinho. – ela riu novamente, sua risada deliciosa ecoando nos meus ouvidos.
–Você perdeu o juízo? Eu vou ter que te castigar por falar tanta merda. – eu disse sério a fazendo gargalhar mais ainda. Colei nossos lábios em um selinho e quando separei dei uma grande lambida do seu queixo até seu nariz e ela gritou, fazendo uma careta.
–Ai que nojo! Eu vou te matar! – ela se contorceu embaixo de mim gritando e rindo e eu ri junto com ela.
FlashBack OFF
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Criminal Love ✓
ActionDois mundos totalmente diferentes. Ele o maior mafioso de Los Angeles, temido por todos, não respeita ninguém, desejado por todas, ele é de todas, ele é do mal, considerado o demônio em pessoa, a única que tem o seu respeito sua mãe. Ela meiga, ge...