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LONGE DALI...

Victoriano entrou em casa cantando, mas foi parado por um jarro que voou na direção dele o assustando.

- Que isso mulher? - a voz estava rouca e embargada pelo susto.

- Eu vou acabar com você, Victoriano Santos! - a voz cheia de ódio soou.

- Victóriaaaaaaaaaaaaaa. - o grito ecoou pela sala a noite seria pequena para aqueles dois.

- Não grite seu velho cachaceiro! - apontou o dedo para ele os olhos negros de raiva e jogou outro vaso nele.

- Você quer me matar? - estava vesgo de cachaça mais conseguiu desviar.

- Era o que eu deveria fazer com um maldito homem que não me respeita mais e acha que é solteiro e que não tem família e por isso tem a cara de pau de chegar bêbado e cheiro a puta! - berrou de ódio não iria permitir que ele fosse um traidor depois de tudo que tinham passado para estar juntos ainda.

- Para de gritar, para! - a voz era firme olhando para ela estava bêbado mais não suportava gritaria e ela sabia bem.

- Pensasse nisso quando saiu de casa depois de uma briga nossa e ainda chega com cheiro de puta! - o empurrou quando se aproximou e ele cambaleou. - Eu vou embora amanhã mesmo com meus filhos! - virou para ir, mas ele a segurou.

Victoriano no mesmo momento arregalou os olhos não podia ser possível que ela estivesse falando serio mais se fosse ela tinha toda razão já que ele estava errado em ir se refestelar naquele maldito bordel do irmão.

- Eu estava com Frederico! - falou cheio de medo dela ir embora.

Ela sorriu sem alegria e em completo deboche.

- O irmão que não é irmão? - riu mais. - Conta outra! - soltou-se dele.

Victória tinha fogo nos olhos odiava quando ele dava as costas para os problemas e pior ainda que se refugiasse na cachaça para "esquecer" ou "aliviar" os problemas. 10 anos de casados e ele parecia uma criança quando se tratava de certos assuntos.

- Meu amor, ele tem um bordel mais eu não fiz nada só tomei cachaça pra amenizar a raiva de nossa briga!

Victória arregalou os olhos e sentiu tanta decepção ele estava num bordel depois de uma briga deles tão séria. Os olhos se encheram de lágrimas e ele se sentiu ainda pior. Não podia ser verdade que ele tinha ido a um bordel enquanto ela estava ali durante a tarde toda esperando por ele para conversarem e acertarem seus "ponteiros".

- Pois volte para lá com seu irmão! - e sem mais ela subiu para o quarto e começou a arrumar as malas enquanto chorava.

Victoriano subiu para o quarto cambaleando e foi até ela a fazendo parar de mexer naquelas roupas e a fez o olhar nos olhos.

- Eu, nunca te trairia porque você é o meu amor! - tocou o rosto dela deixando a bebedeira de lado.

- Você foi a um bordel e tenho certeza que ficou de pau duro para outra mulher que não sou eu! - estava arrasada e cheia de ciúmes. - Homem é bicho e não adianta mentir porque eu tenho certeza!

Victoriano suspirou de fato tinha ficado mais nunca assumiria para ela ou as coisas se complicariam e ele a perderia de vez e não era isso que ele queria naquele momento.

- Meu amor, eu só bebi só isso...

Ela se afastou dele não o queria mais perto dela com aquele cheiro de rapariga e fedendo a cachaça.

- Vá tomar um banho e acabar com essa bebedeira porque não temos mais o que conversar! - ela deixou a mala de lado e se preparou para dormir.

Victoriano nada disse sabia que ela quando estava daquele modo não ouvia nada e as teorias sobre o que tinha acontecido a corroeria pela noite inteira assim como a culpa também o dominaria. Foi para um banho demorado e depois de quase quarenta minutos ele saiu do banheiro nu e tinha uma cama forrada para ele no chão que sem discussão deito e ficou olhando para o teto por um longo tempo até que o sono e a cachaça o venceu.

(...)

NA MANHÃ SEGUINTE...

Frederico estava de pé logo cedo já querendo falar com Inês, mas a mesma ainda dormia e ele aproveitou para correr a fazenda com uma garrafa de água e depois de um banho na cachoeira ele voltou para casa com a informação de que ela já estava acordada e ele como já tinha tirado toda a cachaça de seu couro entrou em casa a encontrando sentada na mesa com Emiliano que sorriu de cara para ele.

Frederico o beijou muito e Inês nem se quer o olhou estava tão magoada que somente em olhá-lo era capaz de chorar porque não se conformava que ele tinha saído para a "esbornia" e a deixado em casa como se fosse uma peça a mais dentro de sua casa a espera dele, mas não era assim porque Frederico estava tão feliz que nem soube como raciocinar e se perdeu nas horas e na cachaça com o irmão que ele odiava e amava ao mesmo tempo.

- Bom dia meu amor! - beijou os cabelos dela e sentou ao seu lado. - Precisamos conversar!

- Vamo bola mamãe! - Emi falou sem se dar conta que aquilo deixaria Frederico louco da vida.

E foi assim mesmo que ele ficou no segundo seguinte ao ouvir aquilo de seu filho e olhando para Inês ele sentiu dor no corpo inteiro, mas ela não o olhava apenas dava as frutas para o filho.

- Embora? - quase gritou se não fosse o filho e não ouviu ou viu nenhuma reação dela. - Inês pelo amor de Deus! - se desesperou.

- Bola de ombulos.. bummm. - fez som de carro rindo deixando o pai mais desesperado e Inês sorriu para a ingenuidade do filho. - Né mamãe de bum... bum...

- Sim meu amor só o tempo de mamãe pegar a bolsa e você "lavar os dentes".

Frederico se levantou impaciente por ser ignorado e passou as mãos no cabelo ainda úmido pelo banho e viu Bry na porta da cozinha que também tinha uma cara nada boa para ele e aquela era a confirmação de que Inês iria embora.

- Pelo amor de Deus... - foi frente a ela e ajoelhou e Inês deu a ele o primeiro olhar.

Ele estava desesperado e já com lágrimas nos olhos mais ela não falou mesmo com um nó na garganta e cheia de vontade de acolhê-lo em seus braços, mas não iria fazer ele merecia aprender que as coisas não eram como ele presumia ou fazia a sua vontade. Levantou afastando a cadeira e pegou o filho dando as costas para ele e foi para o quarto.

Frederico sentiu tanto desespero que seus olhos choraram mesmo ele não querendo e tudo que estava sobre a toalha foi ao chão, Inês com o barulho fechou os olhos e se preocupou não o queria machucado ou algo do tipo, mas não recuou e foi ao quarto ajudou o filho no banheiro e quando voltou ele estava de pé com o rosto molhado do choro a espera dela.

- Não faça isso comigo!

Ela suspirou e o olhou nos olhos.

- Você tem que aprender que a vida não é assim quando se quer ter uma parceira a seu lado! Quando aprender isso eu volto ou não se já for tarde... - pegou a bolsa e saiu do quarto com o filho nos braços que dava tchau com um sorriso no rosto e ele não teve forças para ir atrás dela era como relembrar o momento em que foi deixado por Cristina.

E Inês se foi sem olhar para trás...

SEU AMOR É TUDO - AMF & LAOnde histórias criam vida. Descubra agora