Capítulo 3

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“E vais pagar por isso” ele penetrou a faca mais profundamente, a luz que saía da criatura era cada vez era mais brilhante e o vento que saía dela mais forte ainda. O meu corpo foi encostado rapidamente contra a parede pelo vento, rastejando por ela até chegar ao chão gelado. As minhas mãos tentavam impedir o vento de chegar á minha palida cara e da luz de chegarem aos meus sensíveis olhos e em meros segundos tudo acabara. A criatura não passava de cinzas agora espalhadas pelo chão. O meu tio continuou com a faca na mão e a sua respiração estava ofogante.

“O que estás aqui fazer?” ele começara a limpar a faca com um pequeno lenço branco que tirara do seu bolso das calças.

“E-eu” o meu corpo havia se levantado por iniciativa própria. A minha boca estava aberta, mas nada conseguia sair dela.

“Nunca mais voltes a este sítio” ele aproximou-se de mim apontando-me com a faca “Entendido?” engoli em seco e assenti. As minhas pernas começaram a movimentarem-se o mais rápido possível até chegar ao meu apartamento. O que se passara assim de tão mal para o meu tio matar um espírito? Peguei no meu computador e fiz umas pequenas pesquisas sobre este estranho espírito e nada encontrei. Fechei o ecrã e olhei para a minha estante de livros.

“Obrigada” agradeci ao trabalhador do meu café habitual após ele me ter dado um café. Comecei o meu caminho até á loja de música, mas algo me fez parar no caminho. O prédio abandonado. Senti uma espécie de energia estranha no meu corpo, acho que isto é psicológico. É não é? Passei pela vedação e entrei pela porta agora com uma marca de um corpo na sua parte de dentro, era como se esse corpo tivera sido moldado, ou um espírito empurrasse um humano com tanta força que acabara por fazer isto. Andei ao local onde assistira o meu tio a matar aquele espírito. Olhei em volta e percebi que isto não passara de um prédio normal. Isto foi uma biblioteca.

Subi o primeiro lance de escadas e havia parteleiras enormes de largura a percorrer esta enorme sala vazia, apenas com velhos livros.

Um barulho foi ouvido por mim, olhei lá para baixo e nada, não havia absolutamente nada. Rezava para que o meu tio não aparecesse aqui. Ouvi outro barulho e vi a estrutura do corpo do meu tio.

“Shannon” ele sussurrou “Vem cá, agora!” arregalei os meus olhos, isto não podia estar a acontecer

the old book || m.cOnde histórias criam vida. Descubra agora