Capítulo 8

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"Tenha um resto de um bom dia" o senhor disse enquanto se afastava do meu novo apartamento com o carrinho que lhe ajudou a trazer as minhas últimas caixas castanhas.

"Igualmente" sorri, assentindo. Fechei a porta pesada de minha casa e olhei em volta. Este apartamento era apenas um simples T1, apenas com um quarto e uma casa de banho e bastava pois eu era apenas uma. A minha sala estava cheia de caixas. Onde iria eu meter tantas coisas?

Comecei por desempacotar a caixa com a palavra "Livros, entre outros" escrita no seu topo após ter retirado uma faca da cozinha vazia também. Retirei com muito cuidado cada 5 livros, com medo que algum se estragasse devido á minha falta de habilidade. Coloquei-os num canto da sala e olhei em volta. Apenas tinha o meu antigo e enorme sofá, o meu plasma, a minha mesa de apoio e umas estantes que tinha na minha antiga casa. Tinha também alguma mobília, mas essas eram de outras divisões. Da caixa tirei um grande monte de CD's e coloquei-os ao lado dos meus amáveis livros. O meu telefone tocou era o George.

"Então como vão as coisas, Shannon?" ele perguntou com a sua típica ironia.

"Deixa-te disso" revirei os olhos, mesmo sabendo que o mesmo não me poderia ver.

"Bem, já que não me queres ouvir..." o mesmo falou como se fosse desligar a chamada.

"Desembucha" 

"O Sr. Ryan, quer ver-te" ele transpareceu desprezo no seu tom de voz.

"Porque razão?" falei. Não haveria nenhuma hipótese possível para o meu chefe me querer ver. Ou irei eu lhe chamar antigo chefe?

"Ele diz que é importante e é para vires o mais rápido possível." ouvio-o a mastigar algo.

"Avisa-o que estou aí dentro de 30 minutos." disse e rapidamente desliguei o telefone. Fui até á caixa castanha que tinha escrito "Vestidos" e retirei o meu vestido preto vestindo-o rapidamente. Não era hoje que finalmente teria a minha casa arrumada. Coloquei o meu melhor batom vermelho e melhorei as minhas pestanas e calcei os meus saltos pretos. Saí de casa com um casaco até ao joelho castanho e entrei no carro que se encontrava na garagem. Antes de começar a dirigir ouvi o meu telefone a tocar. O número era anónimo.

"Sim?" perguntei, mas nada ouvia. Apenas era um silêncio "Quem fala?" não faz muito sentido proferir as minhas últimas palavras, pois como posso notar, ninguém está propriamente a falar.

"Diário" um sussurro masculino disse, quase tão baixo que nem fui capaz de captar "Diário" ele voltou a repetir, mas desta vez um pouco mais alto. O que quererá ele dizer com isto?

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Desculpem a demora, mas não tenho andado com nenhumas ideias para estes capítulos. 

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ilyall ♡

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