Capítulo 6

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Novembro 29, 1925. Texas.

Este dia foi possivelmente, o pior dia da minha vida e chorei como nunca havia chorado. A Katy morreu. A pessoa mais importante da minha vida morreu nos meus braços, no lago Jacqueline Kennedy Onassis Reservoir, o seu corpo afogou-se e quando a tentei salvar ela morreu proferindo a sua última palavra "karma". O seu corpo havera sido enterrado no cemitério de Texas, perto de onde a sua avó Carla havera sido enterrada também. Custou-me ver toda a sua família ali a chorar. Vi uma rapariga que me chamara a atenção. Ela não chorava, não pestanejava, apenas mantinha o seu olhar cheio de felicidade,  no caixão da minha namorada falecida. Os seus cabelos nem eram grandes nem eram pequenos, eram normais. Os seus olhos eram castanhos e a mesma estava vestida num vestido longo preto. Quando dirigi a palavra á tal rapariga perguntando quem a mesma era, ela apenas proferiu a palavra "karma". 

Cheguei ao meu apartamento e milhões de memórias invadiram a minha cabeça. Tudo o que a minha pessoa passara com Katy, estava agora a passar na minha cabeça como um filme a preto e branco, mas agora a cores. Senti de novo as lágrimas a cair. Peguei nas chaves do mesmo e corri até o único sítio onde se encontrava a pessoa que seria a ideal para me ajudar.

A campainha tocou e eu fechei o diário colocando-o em cima da mesa de cabeceira. Corri até ao andar de baixo do meu apartamento, como a velocidade da luz e abri a porta.

"Shay" o meu tio estava com uma faca na mão "Preciso de te perguntar uma coisa" ele entrou sem lhe dar licença e sentou-se no sofá.

"Está tudo bem?" fechei a porta e sentei-me na poltrona a seu lado.

"Desapareceu uma coisa da biblioteca" ele olhou-me "Uma coisa de extremamente importância" ele colocou a faca limpa em cima da minha mesa.

"Que tipo de coisa?" olhei-o curiosa.

"Um livro com mais de 90 anos" o meu tio estava irrequieto, sempre com o seu pé a bater no chão de madeira.

"O que continha esse livro?" perguntei querendo saber mais, para o poder ajudar.

"Provas, provas de espiritos e demónios" ele olhou-me preocupado "O livro é de 1920" ele explicou "Viste algum livro assim na biblioteca?" ele perguntou-me. Neguei.

"Não, porque para já nem toquei e nenhum livro, apenas os vi das prateleiras" menti.

"Ainda bem que não mexeste" ele colocou a sua mão no topo da minha "Isto são provavavelmente espiritos a gozar com a minha cara" 

"Já que estás aqui posso te fazer uma pergunta?" ele retirou a mão do topo da minha.

"Claro que sim" ele assentiu.

"Eu estive ali a dar a volta a uns livros meus sobre espiritos e essas coisas, e tinha lá uns sintomas escritos, mas não tenho o nome do que se trata" expliquei sempre olhando nos seus olhos.

"Quais são esses sintomas?" ele perguntou arqueeando uma sobrancelha.

"Olhos pretos, pele extremamente pálida e lábios pretos ou vermelhos e secos" disse-lhe.

"Demónios" ele disse e o meu coração começou a acelarar com a tal palavra "São sintomas de quem foi atacado por um demónio ou que se está a tornar num" ele assentiu.

"Okay obrigada" sorri "E, tio?" 

"Sim?" ele olhou-me enquanto se levantava.

"Isso tem cura?" levantei-me também.

"Não, Shannon. Nada disto tem cura." ele negou "Tens uma vez, tens para  resto da tua vida" ele finalizou e eu engoli em seco.

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E aqui está! Acho que consegui meter um pouco maiorzinho, não? 

Okay, eu esta semana como não tenho testes eu tento atualizar de novo 

ily ♡

the old book || m.cOnde histórias criam vida. Descubra agora