Capítulo 7

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Janeiro 29, 1926. Nova Iorque.

Nem um pequeno e iluminoso raio de sol penetrava as cinzentas e escuras nuvens que preenchiam o céu. Nem um. 

Dois meses se passaram desde que a minha querida namorada, Katy, morreu. Ainda tenho um enorme aperto no meu coração. Jurei á minha pessoa que nunca mais, nem em alma, iria amar alguém de novo. Após ter abandonado a florista da minha zona, havia-me dirigido em passos extremamente calmos, até, até ao lago onde a pessoa mais importante da minha vida morreu nos meus pálidos braços, com uma pequena margarida nas minhas mãos. Essa era a flor preferida de Katy, ela arrancava sempre pétala a pétala e proferia a irritante frase 'Bem me quer, mal me quer', e sempre que dava o mau resultado, a mesma tentava fugir dos meus braços, dizendo que eu não queria nada comigo. Apenas me ria, uns pequenos risos, enquanto tinha estes loucos pensamentos. Quando o lago foi visível pelos meus claros olhos, lágrimas caíram dos mesmos e tirei pétala a pétala, jogando-as para a água parada. Muitas pessoas encontravam-se a olhar-me naquele momento. Um rapaz vestido de preto a atirar pétalas de margaridas para um lago, um simples lago para elas, não é normal. Mas para mim isto não é só um lago. Ou é?

Percorreu-me um arrepio ao ter lido que a flor preferida de Kate, eram margaridas. Não sei, também são as minhas flores preferidas, mas ter-me dado este estranho arrepio?

Fechei o diário mais uma vez neste dia e debati sobre o que o meu tio me havera dito ontem. Haver-me-ei de tornar num demónio? Ou apenas não passou de um pequeno ataque de um? Muitas perguntas boiavam na minha mente, perguntas para o qual não tenho respostas e não as vou ter assim tão cedo como queria.

Retirei o apertado elástico do meu castanho, e normal de tamanho, cabelo abanando-o para que o mesmo não ficasse com marca do mesmo. Era isto que eu adorava nos domingos de manhã. Poderia estar deitada na minha cama a ler, neste caso o misterioso diário, a beber o café que me apetecesse em vez de estar na loja. Não é que não goste, porque gosto. Mas é um pouco cansativo. Repor CD's, organizá-los, fazer o inventário, colocar as novas compras de famosos e caríssimos discos de Vinil do tempo de meu pai, tais como os The Beatles, Bon Jovi que eu adorava quando ele me deixava meter a tocar na loja, entre outros... Era simplesmente cansativo. Vesti algo confortável, umas leggins pretas e uma blusa de malha quente. Teria muita coisa para fazer no dia de hoje e passar frio não estava nos meus planos. Desci para o andar inferior e peguei na minha mala guardando o meu telemóvel. A minha casa já estava quase toda empacotada, em grandes caixas castanhas. Iria mudar de casa, mas desta vez para um apartamento com mais de metade do espaço que este tem. A minha despedida do New York Times, não foi fácil. Era esse emprego que me pagava tudo.

"Bom dia, é um café para levar, por favor" sorri para o empregado ao balcão.

"Americano?" o mesmo perguntou retribuindo o seu melhor, mas sonolento sorriso. Assenti entregando-lhe o dinheiro. Irei me encontrar agora com os intressados pela casa. Pelos vistos, são um casal com 2 filhos e o 3º a caminho. Sorri ao imaginar-me assim com alguém, mas logo retirei estes pensamentos da minha cabeça. Teria de encontrar alguém primeiro, e para chegar ao ponto deste casal iria, ainda, demorar muito, mas muito tempo. Peguei no meu café e dirigi-me ao nosso ponto de encontro, o jardim com o lago, o lago que tanto fala a pessoa no diário. Visto que o casal e os seus 2 filhos, acabavam agora de chegar de uma longa viagem desde Dakota do Sul até aqui, Nova Iorque, e nada conheciam. O senhor saiu do táxi, ajudando a sua mulher grávida saindo, enquanto que o seu filho mais novo começou a correr pelo jardim fora, fazendo-me dar uma leve gargalhada.

"Thomas, vai atrás do teu irmão!" a mãe gritou com alguma dificuldade. O rapaz deveria ter, provavelmente, uns 14 ou 15 anos enquanto que o mais novo uns 5 ou 6.

"Ele foge!" o rapaz queixou-se.

"Faz o que a tua mãe te diz!" o senhor disse-lhe fazendo Thomas correr atrás do seu irmão.

"Boa tarde" cumprimentei, estendendo a minha mão até ao senhor.

"Boa tarde" ele apertou a minha mão "Cameron" ele assentiu.

"Shannon" sorri, cumprimentando a senhora.

"Paige" ela sorriu dando-me dois beijos na cara. Ouviu-se um grito de protesto mais junto a nós.

"Ben, comporta-te" o seu pai falou para o filho mais novo.

"Sentem-se" falei enquanto nos sentávamos numa mesa de piquenique "Bem," comecei.

"Fale-nos um pouco de si" o senhor pediu educadamente enquanto os seus filhos se sentavam a meu lado.

"Oh, de mim?" ri "Não há muito a dizer" a senhora riu.

"O que a fez desistir de um apartamento tão.. Bonito?" ela perguntou, curiosa.

"Bem, fui despedida do meu trabalho" dei de ombros "Eu trabalhava no New York Times e esse era o meu único sustento para ter aquele enorme apartamento" ri.

"Sim, estou grávida de 6 meses" ela sorriu acaraciando a sua barriga. Estavamos agora num sofá que arranjei em segunda mão para o casal, na minha antiga casa "É uma menina" ela sorriu.

"Finalmente" o seu marido revirou os olhos "Já chega de rapazes" rimos. Olhei para o meu relógio e já estava um pouco atrasada.

"Está na minha hora" levantei-me "Foi um prazer conhecê-los" sorri para todos "O camião das mudanças deve estar quase a chegar para levar estas últimas caixas" apontei para elas "Se precisarem de alguma coisa é só ligarem para o meu telefone e eu ajudar-vos-ei com muito gosto"

Corri o mais que consegui até ao meu futuro apartamento para me encontrar com o antigo dono do mesmo para me entregar as chaves e finalmente poder dizer que teria agora o meu novo apartamento, alguns edificios abaixo do meu antigo.

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Eu estou a morrer de dores de cabeça e ainda vim para aqui escrever este capítulo lindo *ironia*

Amanhã não devo de publicar, pois vai ser o meu jantar de aniversário yey.

hÁ ALGUEM QUE VÁ AO CONCERTO DOS 5SOS? e QUE DE PREFERÊNCIA VÁ PARA O BALCÃO 1?SE SIM, DIGAM! Porque, infelizmente, nenhuma das minhas amigas vão, e eu não quero ficar lá 'sozinha'. 

Espero que tenham gostado ♡ xx

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