skye white: flashback

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Skye

- White, vá para casa. Você precisa descansar.

Um suspiro escapou pelos meus lábios quando encarei Richard parado na porta, na companhia de Yara. Eles não estavam com uma cara boa. Também, quem na nossa situação estaria? Sofrer pressão do diretor do FBI, das mídias locais e do governador de Los Angeles não estava sendo bom para nenhum de nós. Eu estava desgastada. Tanto emocionalmente quanto físico. Mal dormia e eu não sabia o que era comida saudável há um bom tempo.

- Eu não preciso... - tentei dizer, mas Yara entrou na sala e desligou meu computador, afastando todos os papéis da minha frente.

- Precisa sim, Skye - ela repreendeu e fez uma cara péssima quando pisou em um copo de café que estava caído no chão. - Você está horrível. Não é assim que vamos prender alguém.

- Precisamos de você bem, Skye - Richard completou, sério.

Bufei, desistindo de argumentar com eles. Talvez fosse bom que eu fosse para casa e tomasse um banho. Depois eu voltaria. Depois eu me dedicaria mais em descobrir o paradeiro de Louis McLanner.

O fato de termos descoberto o nome dele deveria ter ajudado a pôr um ponto final naquele caso. Mas o endereço que tínhamos conseguido não nos levou a nada e conseguir descobrir onde era o maldito esconderijo que ele mantinha as mulheres estava sendo mais complicado que o normal. Aquele desgraçado sabia como encobrir suas pegadas.

E isso me tirava o sono.

Cada mulher morta por ele, era uma culpa a mais que eu tinha que carregar.

Organizei a minha sala e peguei a minha bolsa, me despedindo do resto da equipe. Meu corpo todo doía e eu sentia meus olhos quererem fechar, mas mesmo que eu estivesse morrendo de sono, conseguir dormir era outra história. Cada vez que eu me dava esse luxo, eu era direcionada a uma série de pesadelos, onde eu ouvia os gritos de socorros das mulheres mortas e quando eu tentava alcançá-las, os gritos paravam e eu ouvia uma risada, como se estivesse debochando de mim. E eu sabia que era a risada dele.

Estacionei o carro na garagem e ativei o alarme, segurando a bolsa sobre um ombro só, enquanto eu apertava o número do elevador, esperando que ele subisse o mais rápido que pudesse. Tirei os saltos que eu calçava, segurando-os na mão e assim que o elevador abriu, eu saí, estreitando os olhos para a escuridão do corredor. Revirei meus olhos ao constatar que não era a primeira vez que as luzes dali dava algum problema. Eles consertavam, e o mesmo problema voltava vez ou outra. Fiz uma nota mental que eu precisava me mudar.

Parei de frente a porta do meu apartamento e quando eu tentava encontrar a chave dentro da bolsa, percebi que a porta já estava aberta. Meu coração acelerou e eu me xinguei mentalmente, lembrando que eu tinha deixado a arma no carro. Me abaixei, colocando os saltos no canto, tendo cuidado para não fazer nenhum barulho. 

Peguei meu celular dentro da bolsa e disquei o número de Yara, deixando a ligação ativa quando eu escondi o celular na minha cintura. Soltei a bolsa perto dos saltos e respirei fundo, criando coragem para entrar no meu apartamento, mesmo sabendo que talvez fosse uma grande burrice por não estar com nenhum tipo de objeto para me defender.

Empurrei a porta devagar e entrei. Estava tudo completamente escuro, mas eu sabia onde estava cada coisa. Quando me movi para apertar o interruptor e acender a luz, a sala se iluminou com a luz de um abajur e eu senti minha respiração falhar ao olhar quem estava ali.

Louis McLanner.

E Elizabeth Hayes, amarrada a uma cadeira, sua boca coberta por fita, a impedindo de falar e seu rosto estava inchado devido às lágrimas. Seu rosto não continha as queimaduras, mas havia um "E" arranhado no seu braço, escorrendo sangue. Havia também uma peruca loira mal colocada sobre seus cabelos.

In Dark // criminal minds [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora