XVI
Aline
Foram cerca de quase três horas sem notícias de Liz, até que um médico, muito bonito por sinal apareceu na sala de espera com um sorriso nos lábios.
- Você é a mamãe de Liz? - perguntou ele.
- Sou eu sim, como ela está? - perguntei.
- Está ótima. Conseguimos expelir a moeda e agora ela está dormindo.
- Preciso vê-la doutor. - digo com os olhos cheios de lágrimas.
- Venha comigo.
Pelos corredores daquele imenso hospital fomos em silêncio, cada um com seus próprios pensamentos.
Chegamos ao berçário e Liz dormia feito um anjo, assim que a vi, comecei a chorar.
-Calma mamãe. - o doutor tocou-me o ombro. - O pior já passou, só tente ter mais cuidado da próxima vez, crianças com essa fase ou idade são extremamente curiosas, tudo é motivo para colocar algo na boca. - explicou.
- Vou tomar, obrigada.
Fiz carinho em sua testa e a mesma abriu os olhinhos, assim que me viu, abriu um sorrisão e os bracinhos, porém estes estavam ligados à um soro que de imediato a incomodou.
- Eu te amo muito minha filha. - disse beijando-a e ela me olhava atentamente, como se estivesse entendendo tudo.
ENRICO
Há tempos eu não temia em perder alguém, não sentia o medo correr pelas minhas veias chegando a arrepiar minha espinha, então, era como se sentir aquilo fosse realmente novo depois de tanto tempo. Na sala de espera, eu tentava não temer pelo pior e só fiquei aliviado quando o médico chegou e disse que Liz havia reagido bem à cirurgia e estava ótima, a garotinha esperta havia engolido uma moeda e expelir não foi difícil.
Aline entrou e demorou a sair, cansado de esperar fui até a recepção, perguntei à moça qual era o quarto de Liz e ela logo passou as informações.
Assim que cheguei ao quarto, vi que Aline fazia carinho na testa de Liz que olhava tudo à sua volta.
- Princesa. - disse chamando-a.
Assim que ela me viu, um sorriso apareceu em seus lábios tão pequenos, em seguida, um gritinho, acredito que estava feliz por ver-me ali.
Beijei sua bochecha.
- Que susto nos deu, pequenina.
Olhei para Aline e a mesma estava com os olhos cheios de lágrimas e cheio de emoção.
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ENRICO
Non-FictionSinopse reescrita e atualizada em: 03/06/2022. Não podemos apagar o passado, mas se quisermos podemos mudar o futuro. Vítima de um incêndio que lhe deixou com quarenta por centro do corpo queimado, Enrico que antes era um homem de beleza exuberante...