Aline
Após uma noite mal dormida em que o dia seguinte parecia não chegar, ele enfim chegou e só me dei conta porque a campainha de casa tocou.
Com os olhos repletos de olheira e com Liz atarracada em mim, abri a porta e fui surpreendida com um enorme buquê de rosas vermelhas.
— Qual deles será que mandou? - perguntei ao rapaz que me entregou.
— Você é linda, deve ter sido o que mais a ama.
— Esse é o problema, nenhum dos que eu estou pensando me ama. - dou um sorriso forçado. — Obrigada. - agradeci.
— As ordens princesa. - jogou-me uma piscadela e entrou no carro.
Liz estava tão encantada quanto eu pelas rosas, a coloquei sentada no sofá e me sentei ao seu lado para procurar algum cartão ou coisa do tipo.
Enquanto eu procurava de um lado, Liz tentava comer as rosas do outro.
— Filha não pode.
E aí ela fez um bico e em seguida ameaçou a chorar.
Por fim, encontrei o cartão com letras douradas, logo imaginei a música do Gian e Giovani, onde o cara canta que em letras douradas em um papel bonito, chorou de emoção por ver que era um convite de casamento, mas, neste bilhete dizia:
'' Desculpa por tudo. Estou disposto a tentar, quero ao menos ter a chance de fazê-la feliz. Atenciosamente, Enrico.''
Com os olhos cheios de lágrimas e um coração duvidoso, olhei pra Liz que como se soubesse o que estava acontecendo, abriu um sorrisão e em seguida soltou um gritinho.
Minutos depois a campainha voltou a tocar, a deixei sentada no chão e ao abrir a porta dei de cara com Enrico de braços cruzados.
— Vim em busca da minha resposta.
E ele teve não de um jeito comum, mas sim em forma de um beijo.
Talvez fosse a hora de ser feliz de verdade.
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ENRICO
Non-FictionSinopse reescrita e atualizada em: 03/06/2022. Não podemos apagar o passado, mas se quisermos podemos mudar o futuro. Vítima de um incêndio que lhe deixou com quarenta por centro do corpo queimado, Enrico que antes era um homem de beleza exuberante...