Bianca Konzession não queria cair diretamente numa cidadezinha pacata no estado da Baviera que nem ao menos aparece no mapa do país. Porém o seu roteiro de vida exemplar dos sonhos dera errado e ela não tinha mais nada a não ser a casa funerária de...
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Carol ficou me olhando como se tivesse visto hipopótamos voadores, mas não me desmentiu e apenas seguiu sorrindo para os homens e o trio pareceu estranhamente ''aliviado'' com a minha resposta.
— Eu e o meu secretário tínhamos em mente tentar convencê-la a não vender as terras sagradas de sua avó, pois Licht é um marco secular na cidade. E com a expansão do turismo os negócios locais e o espírito de tradicionalismo ainda levado a sério aqui se perderiam em grande parte. — o prefeito Lars disse me fazendo entender o seu interesse naquilo.
'' O quanto esta velha funerária é importante?'' — era confuso imaginar que a propriedade tivesse algum impacto tão grande de interesse a turistas, pois a minha avó não pendurava cadáveres em paredes e apenas fazia o trabalho dela de modo respeitável.
— É louvável que seja alguém de espírito forte e empreendedor de ter algum novo projeto que exalte o nome da família. — o secretário moreno rasgou seda me olhando sedutoramente.
'' Se eu estivesse atrás de um novo macho já teria ganhado um para hoje. E tomara que este também não seja outro gay. ''
— Podem apostar que eu já tenho uma ideia inovadora com certeza nunca feita por essa cidade. Eu ofereceria um chá a ambos, mas acabei de reabrir a propriedade e tenho até medo do que me espera nos andares de cima. — queria desesperadamente que a dupla se fosse para que eu pudesse fazer milhares de perguntas a Marco.
— Nós já estamos de saída, mas gostaríamos que nos visitasse na prefeitura para renovar a licença de sua avó e apresentar seu novo projeto. A cidade ainda mantém a política de que todos os cidadãos participam ativamente de tudo. Portanto esteja preparada para receber convites a feiras, bailes e almoços de feriado. — Lars sorriu me ofertando sua mão e vislumbrei uma aliança dourada em seu dedo que explicitamente o deixava fora do mercado para gracinhas.
'' Quem será a sortuda que passa a mão em tudo isso?'' — sorri de volta.
— Senhorita. — Mats beijou a minha mão e piscou para mim quase me fazendo cantar Call me Maybe da Carly Rae para ele.
— Senhor. — fiz uma mesura e ele me soltou delicadamente.
— Nos veremos em breve. — emendei acenando e ambos saíram.
— Está tudo em ordem nos outros andares, mas terá de apenas retirar os lençóis das mobílias. E a propósito eu estou realmente feliz que escolheu fazer a coisa certa ou um raio cairia em nossas cabeças. — Marco tagarelou retirando um molho de chaves do bolso de sua camisa xadrez em combinação com jeans e botas.
Aliás, até os visitantes recém saídos trajavam o mesmo estilo de roupas. E eu tinha até me esquecido que a população bávara dali curtia este estilo despojado.
