8. Para Sempre.

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O bar Pfeil é era no topo da encosta na montanha e sua entrada parecia a de um inferninho em comparação aos estabelecimentos comuns da cidade bávara.

— Vocês estão certas disso? — o primo de Draxler perguntou me ajudando a ser a última a descer de seu veículo e ajeitei minha blusa de seda preta super decotada.

Eu a vestira com uma calça de couro para causar impacto e chamar a atenção de algum possível lesado que me daria informações.

E as meninas tinham optado por jeans e camisetas regatas.

— Seremos rápidas. — prometi clicando minha bota contra o concreto da calçada.

E logo na entrada um segurança com a aura incomum nos olhou dos pés à cabeça e sorriu de canto.

—Tem certeza de que quer entrar? — perguntou malicioso.

'' Parece que hoje é o dia de me perguntarem isso.''

— Sim. E vim preparada. — devolvi o sorriso e o cara nos deixou passar.

A música tocando de fundo só não era mais gótica do que a decoração do local toda em preto e vermelho.

— Se misturem. — assoviei as meninas e fiquei de olhos atentos as pessoas dançando, pois era possível identificar os seres das linhas e os humanos comuns.

O artefato de minha avó estava bem guardado em minha bolsinha de mão e não teria medo de usá-lo em caso de necessidade.

— Senhorita Bianca. — uma voz conhecida soou atrás de mim e me virei para ver Hummels sendo o único cara usando um terno branco de três peças em meio a tantos homens trajando camisetas de rock e jeans.

— Mats? — pisquei o observando ajustar a sua gravata vermelha.

— Aceitaria uma companhia num lugar tão inusitado? — sorriu matreiro ao se aproximar.

— O que faz nesta espelunca? — não vi sentido para ele estar ali ainda que fosse um demônio.

— Tenho negócios com o dono da casa.

— Que tipo de negócios? — fui direta.

— Do tipo de venda ilegal de bebidas.

— Se vai vê-lo quero que me leve com você, mas antes eu gostaria de achar um funcionário chamado Va...

— David Vacker? — adivinhou minha linha de pensamento.

— Você o...

— Ele é o favorito do dono da noite. — se referiu ao suposto proprietário.

— O Kroos sabe que está aqui? — emendou uma pergunta estupida.

'' O povo está com uma mania de me relacionar com aquele loiro azedo. ''

— Tenho mesmo de responder a isso? — o fiz rir.

— Não. Por favor, acompanhe-me. — pediu ao segurar em meu braço com delicadeza e não vislumbrei as meninas.

 Caminhamos por uma espécie de corredor e ele abriu uma porta que nos levou a um lance de escadas vermelhas.

— Esta é a área VIP. — disse quando adentramos a uma sala de piso preto com um sofá de canto na cor escarlate.

— Interessante. — assoviei retendo a minha atenção numa das paredes que estava decorada até o teto com inúmeros tambores de latões pretos empilhados um em cima do outro e no meio desta sincronia apenas um deles era amarelo.

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