CAPÍTULO 32

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(Alex)

- Que dia chato! – reclamo novamente deitado na cama de minha irmã e com a cabeça fora da cama, de cabeça para baixo, vendo tudo ao contrario.

- Parece que ficar com sua irmã em vez de seu namorado é bem entediante. – ironiza Marcela que está sentada no chão usando o notebook no seu colo.

- O que você acha? – pergunto sendo obvio que preferia estar mil vezes com o Nicholas, que hoje está muito ocupado estudando para as provas finais com o Lucian.

- Não, eu que pergunto. O que você acha dessa blusinha que está em promoção nessa loja? – ela fala e estica o notebook para minha direção para que eu possa ver a peça – Melhor a branca com detalhes rosa ou a branca com detalhes dourado?

- Você já respondeu minha pergunta. – digo ironizando e cutucando sua cabeça para irritá-la.

- Mas a minha pergunta você não respondeu. Eu tenho um irmão gay e nem posso contar com ele para me ajudar a escolher qual roupa devo comprar para o reveillon. – Marcela fala parecendo indignada e cruza os braços ao mesmo tempo em que faz biquinho – Que merda de irmão gay eu tenho!

- Ei! – a cutuco mais forte para irritá-la mais ainda.

É minha diversão de hoje.

- Ei você! – ela grita e me devolve com um tapa na cabeça.

- Ah é assim? – pergunto a encarando enquanto faço massagem em minha testa.

- É assim, sim! – Marcela me responde toda cheia de si.

- Então vamos ver quem ganha essa batalha!

Eu então me viro com tudo na cama e começo a fazer cosquinhas em Marcela que até larga o PC e tenta se esquivar de mim. Eu como não a deixaria fazer isso pulo da cama e caio no chão aumentando as cocegas nela, a vejo até lacrimejar.

- Para! – grita Marcela rindo demais.

- Não até dizer que eu ganhei! – eu grito de volta me divertindo muito com essa brincadeira infantil com minha irmã – Diz que eu ganhei!

E aumento as cocegas em Marcela. Devo admitir que mesmo sendo sempre muito brincalhão com a minha irmã, o fato de ser assumido para ela nós aproximou mais e me deixou mais a vontade para contar as coisas que eu sinto e até mesmo ela que começou a fazer brincadeiras com a minha sexualidade.

Coisa que eu particularmente amo, pois isso demonstra cada vez o quão normal minha irmãzinha do coração me vê e nisso vem o apoio dela, que para mim é um dos mais importantes.

- Tá ok, Você ganhou! – eu paro de lhe fazer cocegas assim que ganho a disputa e ao me erguer vejo que nós dois estão cansados da brincadeira, os dois ofegantes – Agora me deixa fazer minha compra em paz já que não me ajudar, vai! – eu me impulsiono e fico em pé – Ah e me lembra de que Paloma vai passar aqui para pegar uns óculos emprestados de mim, para eu poder separar antes.

- Ah, mas... – e de repente sinto uma sensação que começa de dentro do meu estômago e sobe para minha garganta, me dando vontade de rir muito e caio no chão me contorcendo – Há, há... Para, para!

- Nada disso. É hora da vingança! – olho para quem me faz cocegas e vejo Vinicius. – Isso é pelo bolo de ontem!

Ah não, o bolo!

Eu sem querer comi o ultimo pedaço de bolo que é sempre do Vinicius. É uma tradição aqui em casa, eu como o primeiro e ele o último, só que eu cheguei da minha corrida rotineira no quarteirão, indo para a praça principal e voltando, e comi a primeira coisa que vi na minha frente. Que no caso foi o bolo.

Eu Só Quero Te AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora