(Alex)
- Que dia chato! – reclamo novamente deitado na cama de minha irmã e com a cabeça fora da cama, de cabeça para baixo, vendo tudo ao contrario.
- Parece que ficar com sua irmã em vez de seu namorado é bem entediante. – ironiza Marcela que está sentada no chão usando o notebook no seu colo.
- O que você acha? – pergunto sendo obvio que preferia estar mil vezes com o Nicholas, que hoje está muito ocupado estudando para as provas finais com o Lucian.
- Não, eu que pergunto. O que você acha dessa blusinha que está em promoção nessa loja? – ela fala e estica o notebook para minha direção para que eu possa ver a peça – Melhor a branca com detalhes rosa ou a branca com detalhes dourado?
- Você já respondeu minha pergunta. – digo ironizando e cutucando sua cabeça para irritá-la.
- Mas a minha pergunta você não respondeu. Eu tenho um irmão gay e nem posso contar com ele para me ajudar a escolher qual roupa devo comprar para o reveillon. – Marcela fala parecendo indignada e cruza os braços ao mesmo tempo em que faz biquinho – Que merda de irmão gay eu tenho!
- Ei! – a cutuco mais forte para irritá-la mais ainda.
É minha diversão de hoje.
- Ei você! – ela grita e me devolve com um tapa na cabeça.
- Ah é assim? – pergunto a encarando enquanto faço massagem em minha testa.
- É assim, sim! – Marcela me responde toda cheia de si.
- Então vamos ver quem ganha essa batalha!
Eu então me viro com tudo na cama e começo a fazer cosquinhas em Marcela que até larga o PC e tenta se esquivar de mim. Eu como não a deixaria fazer isso pulo da cama e caio no chão aumentando as cocegas nela, a vejo até lacrimejar.
- Para! – grita Marcela rindo demais.
- Não até dizer que eu ganhei! – eu grito de volta me divertindo muito com essa brincadeira infantil com minha irmã – Diz que eu ganhei!
E aumento as cocegas em Marcela. Devo admitir que mesmo sendo sempre muito brincalhão com a minha irmã, o fato de ser assumido para ela nós aproximou mais e me deixou mais a vontade para contar as coisas que eu sinto e até mesmo ela que começou a fazer brincadeiras com a minha sexualidade.
Coisa que eu particularmente amo, pois isso demonstra cada vez o quão normal minha irmãzinha do coração me vê e nisso vem o apoio dela, que para mim é um dos mais importantes.
- Tá ok, Você ganhou! – eu paro de lhe fazer cocegas assim que ganho a disputa e ao me erguer vejo que nós dois estão cansados da brincadeira, os dois ofegantes – Agora me deixa fazer minha compra em paz já que não me ajudar, vai! – eu me impulsiono e fico em pé – Ah e me lembra de que Paloma vai passar aqui para pegar uns óculos emprestados de mim, para eu poder separar antes.
- Ah, mas... – e de repente sinto uma sensação que começa de dentro do meu estômago e sobe para minha garganta, me dando vontade de rir muito e caio no chão me contorcendo – Há, há... Para, para!
- Nada disso. É hora da vingança! – olho para quem me faz cocegas e vejo Vinicius. – Isso é pelo bolo de ontem!
Ah não, o bolo!
Eu sem querer comi o ultimo pedaço de bolo que é sempre do Vinicius. É uma tradição aqui em casa, eu como o primeiro e ele o último, só que eu cheguei da minha corrida rotineira no quarteirão, indo para a praça principal e voltando, e comi a primeira coisa que vi na minha frente. Que no caso foi o bolo.
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Eu Só Quero Te Amar
Roman d'amourNicholas é um garoto de 19 anos, alegre, desajeitado que sempre tropeça e esbarra nas pessoas, durão, reservado, mas também muito amigo. Ele se vê mudando para uma nova cidade por causa do trabalho da mãe, mesmo não estando muito a vontade com isso...