Capítulo 12: O que os olhos não veem, o coração não sente.

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 O final de semana passou rápido como de costume, já que enquanto a semana se arrasta para passar, o final de semana é rápido como um piscar de olhos.

 Charlotte e Rebecca não tinham se falado mais desde o ocorrido na casa da loira e todo o colégio já sabia, elas não sabiam como, mas todos sabiam. Bem, parece que as paredes têm ouvidos, não é mesmo?

 Kyle tentava o quanto podia ignorar Rebecca quando a via e fingia que nada tinha acontecido, fazendo com que a ruiva se sentisse ainda pior.

 Cameron aparecia com uma garota diferente cada vez que era visto e Luke mal falava com os amigos.

 Oliver estava preocupado com os amigos e não sabia o que fazer para ajudá-los, já que exceto por Charlotte, nenhum deles conversava com ele sobre o que estava acontecendo e não era como se pudesse força-los a falar, afinal, ele sabia que os amigos, principalmente Luke e Cameron, tinham suas próprias maneiras de lidar com seus problemas.

 Oliver respirou fundo irritado e batucou os dedos contra o tampo de mármore da mesa do laboratório de química. O garoto olhou ao redor observando os amigos que pareciam concentrados na aula. Assim que ia se virar para frente novamente, seus olhos pararam em Amybell quando ele notou que a garota dedicava toda a sua atenção para um desenho que fazia em seu caderno.

 Ele endireitou a coluna e esticou o pescoço para tentar ver o que era, já que ela estava sentada na mesa em seu lado direito, fazendo dupla com Megan.

 Oliver percebeu que parecia ser uma pessoa, um garoto, mas antes que pudesse ver mais detalhes, a voz com sotaque forte do professor ecoou pela sala pronunciando o nome dele.

  — Senhor Howard — ele chamou e todos encararam Oliver — O que há de tão interessante na mesa da senhorita Scott que o fez deixar de prestar atenção na aula?

 Oliver sentiu o olhar dos amigos sobre ele e engoliu em seco quando Luke, que estava na mesa à sua frente se virou para ele e o encarou com um olhar quase mortal.

  — Estava tentando ver o desenho dela — respondeu e logo se arrependeu, percebendo que aqu ilo não afetava somente ele, mas Amybell também, já que ela também não estava prestando atenção na aula ­­­­— Inclusive, ficou muito bom, parabéns, Amy — ele sorriu amigável para ela que parecia constrangida enquanto ouvia a risada dos outros alunos, a única coisa que não o deixou rir foi o levantar de sobrancelhas de Luke quando ele chamou a garota pelo apelido.

  — Obrigada — ela agradeceu com a voz baixa e com um sorriso tímido, fechando o caderno de desenhos em seguida.

  — Sem mais gracinhas senhor Howard — advertiu o professor — Ou o senhor já se esqueceu que pretende cursar medicina?

  — Certo, certo — ele levantou as mãos em sinal de rendição — Desculpe, professor, não se repetirá.

 O homem se virou novamente para o quadro e continuou seu raciocínio.

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