Primeiro Encontro

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Dulce me ligou no dia seguinte para contar o que tinha pensado.

Seria difícil, ou melhor, impossível, sair do Hotel sem ser reconhecida, por isso fomos obrigados a armar um plano que ninguém conseguisse desconfiar de nada... O que eu ofereci foi recusado por ela durante quase toda a conversa, mas no final das contas, ela aceitou, ainda não acreditando na loucura que eu estava disposto a fazer...

Meu bolso também não acreditava, porém eu não tinha culpa se eu estava loucamente atraído por aquela mulher.

Aluguei um quarto – o melhor que meu dinheiro conseguiu pagar – no mesmo Hotel que o dela – e acredite, era um Hotel 5 estrelas mesmo– e o plano era: eu chegaria, pegaria a chave, levaria uma comida para jantarmos e ela desceria até o meu quarto pelas escadas (pois o elevador tinha câmeras) e me encontraria no quarto. Jantaríamos fingindo que estávamos em um restaurante, e tudo ficaria bem.

Claro que não era como um restaurante – era mais caro – porém não seriamos manchetes de jornal na manhã seguinte.

E tudo correu bem. Fiz a reserva, comprei a comida e mais algumas coisas para parecer mesmo um restaurante e eu estava definitivamente falido... O que não me importava no momento, afinal de contas, eu teria um jantar com a moça mais bela que meus olhos haviam visto em toda a minha vida... Dinheiro naquelas horas parecia ser um mero nada.

E cheguei ao Hotel um pouco antes do combinado. Peguei a chave do quarto, subi até o mesmo, e tive que improvisar. No quarto não havia mesa, mas na pequena sacada, sim. Coloquei a comida na estante, os copos na mesa e ascendi uma vela que tinha levado para tentar tornar aquilo tudo menos desastroso e mais romântico. Me ajeitei rapidamente no banheiro, escovei os dentes e dei um toque no celular dela, demonstrando que estava tudo pronto.

Não demorou dois minutos para ela aparecer na porta do quarto, vestindo outra vez um sobretudo e um lenço na cabeça, esquecendo somente do óculos escuros. Reconheci o seu rosto e tive certeza, de uma vez por todas, que ela era mesmo quem ela dizia ser.

Abri um sorriso e ela retribuiu, mesmo os dois se mostrando totalmente tímidos. Mandei-a entrar, ela o fez, mesmo ainda se mostrando muito acanhada. Sorri outra vez enquanto ela andava pelo quarto, observando tudo atenciosamente e virando para mim com os olhos radiantes e dando uma gostosa gargalhada ao reparar finalmente a sacada.

— Estava pensando que comeríamos o que tinha dentro do frigobar... — ela disse para tentar cortar o silêncio.

— Bom, o que eu trouxe não está muito diferente disso... — ela riu outra vez e devagar, começou a tirar o lenço do cabelo, me dando a visão perfeita de uma cascata de fios ruivos caindo sobre o seu ombro, realçando sua pele.

— Já disse que tudo o que estamos fazendo é muito louco? — a escutei perguntar enquanto andávamos para a sacada.

— Ainda não disse. — comentei e vi como um enorme sorriso pulava de seus lábios quando se sentava à mesa — E então?

— Gostaria de fazer mais coisas loucas como essa...

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Vim aqui postar mais um pedacinho, porque fiquei feliz com os comentários e com os votos!!
Continuem comentando aqui e lá na APV.
Acho que essa fic já acaba no próx capítulo, como eu disse no começo, ela é bem curtinha, mas acho muito gostosinha! A APV é bem longa, então não deixem de acompanhar lá!!

😘😘😘

Encontro por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora