Equilíbrio

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Depois de finalizar um barril inteiro e comer alguns petiscos Simon já tinha até se esquecido do que estava falando antes.

- Simon, já tomou sua bebida, já comeu agora está na hora de continuar a história.

- História? Que História? Ah sim, então o Claudio disse que não ia pagar nada-

- Nãããoo, essa história não. A do plebeu que ganhou o torneio.

- Ah claro, onde eu parei mesmo?

- Você estava falando da espada dele.

- Aquela espada, que espada linda, toda branca parecia feita de nuvens. Tinha um cristal negro na ponta do cabo.

- É, você contou sobre ela, que para os outros o cristal era um erro estar ali, mas para você ele representava o equilíbrio.

- Sim sim, isso mesmo. O estranho para mim era que o bem e o mal deveriam existir em igualdade para haver equilíbrio, a espada deveria ser metade branca e metade negra, mas havia apenas o cristal se opondo a toda aquela brancura, a todo aquele bem, depois eu entendi que o resto do mal não precisava estar na espada e sim em seu portador.

- O mal estava dentro do menino?

- Exato. Quando a luta começou, ele segurou sua espada com a postura do kendo, respirou fundo e fechou seus olhos. O oponente achou que já estava ganho, então nem se esforçou, partiu para cima correndo rapidamente segurando a espada para trás, para quando chegar perto do adversário fazer um corte rápido. Para a infelicidade dele não deu muito certo, no momento que começou sua investida o garoto a sua frente abriu as pálpebras lentamente e ao mesmo tempo que abria, surgiu em volta de sua espada uma aura negra assim como seus olhos. Parecia uma nova espada, a lâmina era toda talhada com algo parecido com runas, o cabo se tornou vermelho escuro e o cristal antes negro se tornou branco. No momento em que o nobre iniciou o movimento do corte, o garoto apenas fez um movimento horizontal com a espada e recebeu o golpe, bem, isso era o que parecia, os que não tinham os olhos tão treinados ele tinha recebido um golpe direto na barriga e o sangue no chão só ajudava mais a acharem isso. O nobre achando que havia vencido levantou os braços e ia grita para comemorar, mas antes dele conseguir abrir a boca, sua a cabeça foi ao chão e seu corpo sem vida logo em seguida, o sangue no chão não era do garoto plebeu e sim do nobre. O aquele sangue era o que tinha ficado na espada após o corte pelo pescoço, o corte era muito fino por isso a mente não tinha raciocinado que havia um corte ali.

- Você disse que para alguém que não tinha os olhos treinando parecia que o plebeu tinha levado o golpe, por que isso?

- Por que antes da lâmina entrar em contato com seu tronco, ele deslocou a sua espada para o local do impacto, tirando seu corpo de perigo e só depois aplicou o corte no pescoço.

- E você conseguiu ver isso? Como?

- Garoto, existem duas coisas que eu nunca ne arrependi de fazer: Beber e treinar. Essas duas coisas eu nunca vou enjoar. Falando em beber, meu copo está vazio. OH CHEFIA, TRÁS MAIS UMA AI.

- Esse cara vai me falir com tanta bebida. - Ta e depois disso o que aconteceu?

- Primeiro ninguém entendeu o que aconteceu ali, todo mundo estava confuso nunca imaginaram que um nobre perderia para um sem nobreza. O juiz declarou a vitória ao plebeu e um boato foi se espalhando pela arena. " Isso foi encenação, deixaram um plebeu parecer ter ganho para os outros não desistirem de lutar, nunca um nobre perderia". Isso se espalhou muito rápido e esse torneio foi chamado de Graal Fantasma, por que era como se essa edição do campeonato nunca tivesse acontecido, então pessoas como aqueles dois ali. - Apontou para Eldie e Marco. - Não contam esse campeonato por isso dizem que um plebeu nunca venceu.

Tamashī No Odori (Dança das Almas)Onde histórias criam vida. Descubra agora