|| Francisca Nobre ||
Acordei com o som do relógio despertador, rapidamente levantando-me, não querendo chegar atrasada ao jogo de Pedro.
- Francisca, querida? - ouvi a surpresa na voz da minha mãe e não evitei uma risada.
- Oi, mãe. - saudei, dando permissão para entrar e, ela assim o fez.
- Tu vais dizer-me porque é que estás acordada a uma hora destas? Logo tu, que hibernas durante todo o fim de semana. - gracejou e mostrei-lhe a língua, o que a fez rir.
- Apeteceu-me levantar, só isso. - fui sucinta, enquanto olhava o meu closet, procurando a roupa mais apresentável, mas confortável, possível.
- E porque razão é que vais vestir-te de forma tão bonita se vais passar todo o dia em casa? - interrogou, desconfiada e ri com a sua curiosidade.
- OK, ganhaste, mãe. - cedi e ela comemorou, o que me fez soltar uma gargalhada. - Vou assistir ao jogo da equipa B do Benfica. - informei e o seu olhar curioso, fez-me perceber que as suas perguntas não terminariam por ali.
- Quem é o teu namorado de lá? - não hesitou em perguntar e olhei-a escandalizada.
- Porque é que eu tenho de ter um namorado para assistir ao jogo? - perguntei, abismada e ela olhou-me com uma expressão que dizia, "não brinques comigo, Maria Francisca Pinto Nobre".
- Maria Francisca Pinto Nobre, a tua mãe é velha mas não é estúpida. - ralhou, rindo e acompanhei-a.
- Mãe, tem quarenta e sete anos. É uma jovem. - elogiei, tentando que ela se esquecesse do assunto e a mais velha riu.
- Sim, sim, Chica. Agora a pergunta que eu te fiz. - insistiu e eu ri, negando com a cabeça.
- Não tenho namorado, mãe. Mas tenho um amigo que gostava que eu fosse assistir e vou fazer-lhe a vontade. - contei e o sorriso que me ofereceu, fez-me corar.
- Nome? - quis saber e bufei, fazendo-a rir.
- Que chata. - resmunguei e ela tornou a rir. - Pedro. - dei a conhecer.
- Então espero bem que esse Pedro tome conta de ti ou a colher de pau vai voar. - ameaçou e não evitei gargalhar com ela.
- Tu és demais, mãe. - respondi e ela riu, vindo ao meu encontro e beijando a minha testa.
- Eu só quero que sejas feliz. - murmurou, enquanto acariciava o meu rosto e sorri.
- Eu sou. - garanti e ela sorriu, antes de se afastar, deixando-me sozinha novamente.
Corri para a casa de banho privativa e tomei um banho rápido mas relaxante, saindo pouco depois para me poder arranjar com tempo. Apliquei uma maquilhagem simples e sequei os cabelos, deixando-os no seu ondulado natural.
Desci as escadas, passando pela sala de estar, deixando um carinho na cabeça de Max, o já velho pastor-alemão que nos acompanhara desde sempre, e cujo nome se baseara na série televisiva que era a favorita de Francisco.
- Bom dia família. - cumprimentei os meus pais, embora já tivesse falado com a minha mãe.
- Acordada tão cedo, filhota? - o meu pai admirou-se e olhei para a minha progenitora, esta que já me olhava com um sorriso sugestivo e que me fez revirar os olhos.
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Fénix | Pedro Amaral
फैनफिक्शनDois jovens adultos. Dois corações que na dor se perderam. Dois corações que no amor se encontraram.