Capítulo 13

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Nathaniel

  Meu. Deus. Um quarto só meu e dela. O que eu faço agora, Senhor? Já havíamos nos acomodado e fomos trocar de roupa. Ela, obviamente, foi para o banheiro com as roupas e eu fiquei no quarto mesmo.

  Tirei a camisa e vi aquele corpo magrelo no espelho. Será que tem como fazer algum tipo de academia aqui? Senão vou voltar a ser frango do jeito que eu era. Nem pensar, batalhei muito para ter o mínimo de músculos que eu tenho hoje.

  Enquanto eu me olhava no espelho Lily saiu do banheiro. Ou ela se trocou muito rápido, ou eu fiquei muito tempo me olhando no espelho. Virei a cabeça para encará-la.

  - Uau! - Ela disse. - Quer dizer... Uau... Você é... Uau...

  - Um frango, eu já sei.

  - Não, não... Um gostosinho.

  - É sério?

  - Sim, você é muito gato, meu Deus!

  - Você que é gata! E ficou mais ainda com esse cabelo...

  - Obrigada... - Ela disse colocando o cabelo atrás da orelha. - Você não tem problema com isso? Por causa do seu término com a Isa...

  Quando ela disse isso eu comecei a andar, depois sentei na cama e disse:

  - Ela é passado. Um passado no qual eu sofri muito e que não houve reciprocidade no final. Eu já a esqueci, e também ela não tem nenhum tipo de poder ou de influência sobre mim. Sou um cara livre. Livre para ser quem eu quiser, ficam com que eu quiser e... Namorar com quem eu quiser...

 - Então nós podemos... Você sabe... - Ela disse, sentando ao meu lado esquerdo, receosa.

  - Ficar... Ou namorar?

  - Bem... Os dois... Se você quiser, claro.

  - Eu sou um virgem de merda! Você merece alguém muito melhor que eu. - Quando eu falei isso ela começou a se aproximar de mim.

  - Mas eu não quero outra pessoa, eu quero VOCÊ! - Ela disse apontando o dedo para meu peito desnudo. Ela está muito perto. - Eu quero você, Nathaniel. - Vai seu idiota, beija ela!

  Nós estávamos muito perto e eu tirei coragem do fundo do poço da minha alma e a beijei.

  Eu não fazia a menor ideia do que eu estava fazendo. Eu estou mexendo a língua certo? Tem que abrir e fechar a boca, não é? Onde eu coloco a mão? Meu Deus, de onde eu tirei essa ideia?! Mesmo com esses pensamentos meu primeiro beijo foi incrível. Ela pegou minhas duas mãos e envolveu a cintura dela e depois envolveu meu pescoço com as mãos. O beijo estava lento, calmo, romântico, perfeito. Quando acabamos nos distanciamos um do outro e ficamos encarando um ao outro. Não dissemos nada, apenas voltamos ao beijo, calmo com antes.

  Estávamos totalmente grudados, mas parecia que ainda havia um universo inteiro para juntar. Ela desprendeu os lábios da minha boca e desceu para o meu pescoço. Ah, não. Ferrou. Os lábios dela beijavam levemente meu pescoço, a língua passeava sem pressa por aquela área. Enquanto ela fazia isso, inclinei a cabeça levemente para trás e dava leve suspiros. Não sei por quanto tempo ficamos ali, só sei que ela voltou a me beijar com a calma de antes.

  Ela colocou minhas mão na camiseta dela, eu puxei a peça de roupa para cima e por baixo tinha um sutiã com estampa de onça. Não ri, Nathaniel. NÃO RI! Voltamos ao beijo, lentamente, Mas não por muito tempo, pois logo nos soltamos para tirar os sapatos e a calça e saia, no caso dela. Eu estava só com a minha cueca vermelha. Que vergonha... Logo percebi que a calcinha dela combinava com o sutiã. NATHANIEL, NÃO OUSE RIR! Como ela é sexy...

  Calmamente voltamos a nos beijar, ela colocou a mão nas costas, desabotoou aquele cubo mágico que chamam de "fecho de sutiã" e retirou a peça de roupa sem desgrudar nossos lábios. Será que é muita falta de educação se eu olhar? Não, não vou pensar nisso agora. Ela desgrudou os lábios da minha boca e começou a descer. Pescoço. Ombro. Peitoral. Barriga. Meu pai eterno, agora ferrou mesmo! Ela voltou a subir pelo mesmo caminho que fez. Continuamos o beijo calmo e ela foi puxando-me para deitar na cama por cima dela.

  Lily levou as mãos até minha cueca, abaixou-a lentamente e a jogou do lado da cama. Meu. Deus. Que. Vergonha. Eu corei quando ela olhou, mas não deixei isso me desmotivar e fiz o mesmo com ela. Continuamos o beijo. Intenso. Profundo. Excitante. Ela se afastou nossas bocas por um momento e disse:

  - Eu quase fiz sexo com o Lorenzo uma vez, mas, pra mim, essa vez não conta nada, só o que conta é o que vai acontecer agora.

  Isso era para deixar-me calmo?! Ela simplesmente acabou de dizer que quase transou com o antigo namorado que ela tanto amou e é para me ACALMAR?

  Eu apenas concordei com a cabeça. Meu Deus, sou muito frouxo. Apesar da leve mágoa que ela deixou com tal comentário eu continuei. Não me importava mais com nada. Finalmente nos entregamos um ao outro. Foi desconfortável para ambos no começo, porém depois virou um ato incrível.

  Depois de um tempo, senti como se todo meu corpo estivesse nas nuvens. Caí ao lado dela e ela deitou em meu ombro.

  - Você... É... Incrível... - Ela disse entre suspiros para conseguir recuperar o ar. Nós dois éramos asmáticos, então, estávamos muito ofegantes.

  - Você também é incrível. - Foi tudo o que consegui falar sem suspirar.

  Ficamos ali deitados, cansados e olhando para o teto. "Incrível". "Você é incrível". Ela disse isso para mim. Adoro essa palavra: incrível. Eu e a Kat chamávamos um ao outro assim, era nosso jeito. Espera, por que estou pensando nela? Eu estou com uma pessoa perfeita ao meu lado. Se bem que ela nem falou comigo direito depois da noite da sereia. Mas isso não é coisa para eu me preocupar agora.

  Eu e Lily adormecemos abraçados depois de um tempo a viagem havia sido muito cansativa e a nossa "atividade" também. Já dormi muitas vezes na vida, mas esse foi de longe o melhor sono de todos.

Princesa DespedaçadaOnde histórias criam vida. Descubra agora