Antes de acordar, Rayssa sonhou que estava fugindo de casa. Tal coisa que ela nunca teve vontade de fazer. Mas quando acordou viu que não era bem aquilo que o sonho retratava.
Quando acordou levantou depressa, e foi assistir desenhos (como fazia de costume nos sábados de manhã). Mas quando chegou na sala viu pessoas de preto. Eram em três: um mais baixo, do tamanho dela; outro mais alto, e um outro um pouco menor que o segundo. Ela não identificava se era homem ou mulher, mas sabia que não estavam ali atoa. Um deles tentou agarra-la, mais Rayssa deslizou para o lado, e, abrindo a porta para fora correu. Enquanto corria viu um deles caindo no chão de tontura, ela gritou de felicidade.
Antes que pudesse comemorar viu acima de sua cabeça um dos ladrões voando (o que era estranho), outro surfando no ar, e o último com asas voando também. Começou a se perguntar se aquilo era real, uma vez seu pai havia lhe dito algo sobre imaginação.... Deixou pra lá, continuou correndo, mesmo sentindo que aquilo faria uma diferença enorme em sua vida. Correu, até chegar num beco. Encostou na parede, os três pousaram em sua frente. Um deles desembainhou uma espada. Ela estava morrendo de medo, viu lágrimas serem absorvidas pelo algodão da máscara, o que a encorajou a enfrentá-lo.
- Quem é você?! - ela perguntou esperando que alguém respondesse.
Eles se olharam, e a olharam novamente. Ela ouviu disparos. Então um deles caiu, dois, e todos ele foram atingidos por dardos tranquilizantes. Ela sentiu um alivio na alma. Mas se ela estava no beco sozinha, quem disparou o dardo? Essa pergunta invadiu-a pelo pânico. Zum! Uma picada no pescoço a fez dormir.
Ela acordou em meio a branquidão de um laboratório. Não havia ninguém, ah espera um pouco, havia sim! Um velho de cabelos espetados, usando óculos e jaleco a olhava.
- Quem é você?
-Se não disse meu nome ainda é porque não é de mim que saberá. Aliás, em que ano estamos?
- Por que me trouxe aqui?
-Ah claro já vai ver!
O velho pegou uma seringa e um recipiente com um líquido rosa, puxou, e rapidamente aplicou. Ela gritou. Nada aconteceu.
- Já tomei vacina! - ela tinha dito ao homem.
- Vacina-antivilões? Não, acho que não. Vai dormir aqui hoje, o.k.?
- Tá...
Ela pensou em dizer não, e gritar, mas, ela queria dormir lá. Ela não sabia por que, mas confiava nele.
- Pela manhã te deixarei em sua casa, sã e salva! Ah! Tudo que aconteceu hoje, não vai contar a seus pais né?
- Eles não acreditariam, nunca acreditam...
- venha, vou servir-lhe uma sopa deliciosa de tomate!
Mais tarde dormiu, e, como combinado pela manhã, já estava em sua cama, em sua casa. Enquanto ela dormia o velho a deixou em casa.
- Minhas costas.... Coçam demais.
Ela se levantou, e foi para o banheiro. Quando se olhou no espelho soltou um berro.
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Diário de Heróis
AdventureA história conta a vida de Rayssa, que aos 8 anos sofreu uma mutação genética, que se deu de um sequestro acontecido no mesmo dia. Rayssa, desde então, vive uma vida difícil, mas, no decorrer do tempo, percebe que não poderia nada sem amigos.