Uma semana depois, Luna falava com Rayssa por vídeo:
- Oi Ray! - Luna disse, com o semblante meio triste.
- Oi Luna! Como vão ai? - Rayssa perguntou-a.
- Ah! - ela deu uma olhada para trás, onde se encontrava sua mãe em seu notebook, trabalhando. - bem... Eu acho! E aí?
- Eu estou bem, meu pai tá bem, minha mãe se prepara pra viajar, e a Sophia, bem a Sophia tá sempre bem.
- Sua mãe vai viajar? Ótimo!
- Ótimo nada!
-Ótimo sim! Vou na sua casa assim que ela sair!
- Venha á noite, quero te mostrar uma coisa.
- O.k.! Preciso ir!
- Ta bem, tchau!
- Tchau!
Quando Rayssa desligou, Luna foi para cozinha, como sua mãe a mandara fazer o almoço, mas, só sabia fazer macarrão instantâneo. Então, foi o que fez. Comeram. Sua mãe foi tomar um banho, enquanto isso Luna foi ao sótão, ver o que encontraria lá ( só não queria encontrar nada de seu pai, pois ela não queria chorar, não naquele dia ). Subiu, e encontrou um quarto escuro, só havia uma janela iluminando um canto em horizontal.
- Uau! Tinha me esquecido de como aqui era sinistro.
Ela pegou uma das muitas caixas e abriu para ver o que havia lá. Achou um baúzinho, tinha o tamanho de sua mão. Estava trancado. Fuçou na caixa, mas não encontrou a chave. Começou a procurar nas estantes. Até que, finalmente achou debaixo de seu pé, uma tábua solta. Puxou, e, lá estava a chave. Correu para abrir o baú. Abriu:
- Fotos? Só tem fotos? -ela disse indiguinada.
Pegou uma das fotos. Na foto estava Rayssa, Leon e ela...Eram melhores amigos, inseparáveis! Até que um dia, Leon ( que era órfão ) foi adotado. No dia que ele fora embora, Luna ao menos apareceu para se despedir, ela não gostava de chorar em público, e era o que faria. Quanto à Rayssa, ela era forte, despediu-se dele e sorriu. Luna admirava muito a amiga. Ia começar a ver as outras fotos, mas algo chamou sua atenção. Rapidamente fechou o baú e guardou as chaves em seu bolso. E correu para a única janela que lá havia, e viu algo sobrenatural, que talvez poderia ser sua imaginação. Mais que imaginação, hein?! Ela decidiu não comentar nada com ninguém.
- Lunaaa!! - a mãe dela havia a chamado.
- Tô indo!
Rapidamente guardou o baú e desceu as escadas.
- Diga.
- Hoje é....
- Eu sei. Não quero falar.
Elas se sentaram a mesa e comeram.
No dia seguinte foi à escola. Quando chegou Rayssa conduziu a até o pátio, onde todos alunos da escola lá estavam. A diretora com um microfone, não havia dúvidas para elas, a diretora ia falar sobre o a escola afundar.
- Atenção! Atenção! Todos! Silêncio! - A diretora pigarreou - Bom, como todos sabem, a escola não está em boas condições. Então, decidi transferir vocês para o meu internato! Bom na verdade, da minha mãe. Mas, vou transferi-los para lá! Sei que pode ser doloroso mas, um dia tudo acaba!
- Não vai ser doloroso, não. -Rayssa disse para a amiga.
- Então, no domingo, estejam todos na escola as três horas da tarde! Boas. aulas a todos!
- Imagina, Rayssa, como vai ser legal, sem pais pra mandar! Festas todas as noites! Vai ser demais!
- É, nem tanto. Vai parecer um hospício. Com certeza a polícia vai bater lá todos os dias.
- Qual é, Ray? Se anima!
Ela pensou em falar sobre o que viu na janela no dia passado, mas nem falou nada sobre isso. Ela sabia que se houvesse alguma coisa, Rayssa a contaria.
No domingo, às duas e meia da tarde Luna já estava pronta, só esperando às horas passarem. Até que não aguentou mais:
- Mãe, me leva agora pra escola?
- Claro, filha! Eu te levo e enquanto faz o meu trabalho aqui no computador!
- Esquece! Vou à pé mesmo!
Foi. Mas percebeu que a caminhada seria chata, então passou na casa de Rayssa, que ainda estava se arrumando.
- A Rayssa já vem! - A irmã de Rayssa disse.
- O.k. bochechuda.
Em seguida a menina saiu com as mãos na bochecha. Rayssa veio com uma mala.
- Vamos? - disse Rayssa.
- Não sei se minhas pernas aguentam, fiquei velha ao te esperar.
Elas foram, e quando chegaram lá viram ônibus.
- O.k. Vamos lá! - Disse Luna.
- O que foi? Você está estranha. hoje. - Disse Rayssa.
Elas entraram na escola, logo em sua sala, que estava um caus. As turmas de diferentes períodos estavam juntas lá. Decidiram esperar para fora.
- Rayssa, isso é demais! É como fugir de casa sem precisar enfrentar a culpa!
- Isso não é demais Luna.
Um tempo se passou, e logo entraram no ônibus. Acharam um lugar mais ou menos para o fundo.
- Vamos ouvir música. - disse Luna, botando fones de ouvido.
Elas ficaram quietas por longos segundos, quer dizer, Rayssa
ficou quieta, Luna sussurrava as músicas que escutava.
- Ei! Olha aquela nanica! - sussurrou Luna a Rayssa. As duas riram.
A garota da qual falavam, parou em frente ao banco delas:
- Posso me sentar aqui?
- Não sei... Vou pensar - Luna disse.
Ela se sentou. Luna a olhou de cima a baixo. Era uma garota pequena, cabelos loiros, e sua voz era extremamente irritante.
- Quantos anos tem? - Luna disse caçoando a garota.
- A mesma idade que vocês - A garota disse.
- E como sabe nossas idades? - Rayssa a perguntou.
O coração de Luna começou bater forte. Mas era de medo. Lembrara do que havia acontecido quando tinha apenas quatro anos.
Os pais dela e ela tomavam o café da manhã, até que, sua visão turvou, sua vista clareou, e viu seu pai caído no chão, com uma flecha no peito.
Quando voltou a si, perdeu o equilíbrio, e viu, através do vidro, uma flecha vindo, seu pai, se jogou em sua frente, e aconteceu, tudo que viu se tornou real. Agora, seu pai estava no chão, todo ensanguentado.
- Luna....- Rayssa a chamou.
- Hã? O que perdi?
- O nome dela é Adryanna, e é super simpática!
Luna olhou para a garota, quase riu. Mas se segurou.
- Oi, Adryanna, meu nome é Luna. - Disse ela segurando a risada.
- Meu nome nem é tão feio assim! - Disse Adryanna.
- Mas eu nem falei nada! - indgnou-se Luna.
- Falar e diferente de pensar. Pensar é pra quem não tem coragem de dizer na cara!
- Meninas, parem! - Rayssa inteerompeu-as.
- Nem comecei! - Luna exclamou.
- É melhor que não comece! Ela olhou para o lado, Rayssa estava tonta, ela encostou no banco para se recuperar. As três ficaram quietas a viagem inteira (viagem da qual não fora depressa).
Quando finalmente chegaram, saíram do ônibus e ficaram paradas olhando, com olhares de espantos se olhavam. A escola não era assim, como esperavam.
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Diário de Heróis
AdventureA história conta a vida de Rayssa, que aos 8 anos sofreu uma mutação genética, que se deu de um sequestro acontecido no mesmo dia. Rayssa, desde então, vive uma vida difícil, mas, no decorrer do tempo, percebe que não poderia nada sem amigos.