Nova Arma Secreta Para Rafael | Capítulo 6

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Helena On:

Em caminho da escola, eu olhei o celular e estava atrasadíssima. Corri até lá e consegui entrar antes que o portão se fechasse. Fui direto para minha sala.

Aluna nova, não é? Sente-se. — Diz o professor.

Sentei, um tempo depois eu senti cutucadas e virei para trás.

— Oi, meu nome é Olívia. — Cochicha a menina atrás de mim.

— Meu nome é Helena.

— Caso queira alguém para se sentar no intervalo, pode se sentar comigo.

— Ok.

O tempo passou rápido, durante a aula eu me dediquei para acompanhar o conteúdo, colocava post-it, escrevia coisas que eram importantes que o professor falava e colava na apostila, marcava frases ou trechos importantes do texto e coloquei os assuntos numa folha de caderno para eu estudar melhor mais tarde.

No intervalo eu fui até aquela menina, ela estava sentada sozinha e eu me sentei com ela, conversamos e vimos que temos muitas coisas em comum.

[...]

As aulas acabaram, voltei para casa, no meu quarto, tinha um ursinho de pelúcia na janela com mais um bilhete.

"Hoje à noite terá baile funk, vai querer ir? Eu te protejo do meu irmão"

Eu rio.

[...]

De noite eu tinha me arrumado, tentei me arrumar mais do que na última vez, só que ainda como patricinha, não posso sair do disfarce. Eu estava no baile e quando passava, atraía cada vez mais olhares, isso já estava começando a me deixar envergonhada, até que sinto alguém me puxar para trás do carro.

— Por que está vermelha? — Pergunta Rafael.

— É estranho ser olhada tantas pessoas estranhas, parece que minha maquiagem está toda borrada ou eu estou nua. — digo.

— Mas sua maquiagem está borrada.

— Eu não caio mais nessa.

Ele ri.

— Quer que eu entre com você?

— Não.

— Okay, vou indo, mas acho que não tem motivo para ficar com vergonha, são só pessoas, elas sempre te olharão e caso queira ir ao camarote para não ficar sozinha, sua entrada está permitida. — Ele sai.

Ele tem razão, eu tenho que me acostumar, isso será passageiro até eu voltar para o meu morro, eu tenho que ficar mais com ele mesmo sabendo de suas intenções. Um tempo depois eu entro e vou para o camarote, ele estava pegando uma menina, logo eu viro para voltar.

— Olha, se não é a patricinha que humilhou o ROF. — Diz JP.

Essa voz vinha do camarote, me virei novamente.

— Por que está aqui? — Diz JP.

— O Rafael tinha me convidado e... — Sou interrompida.

— O ROF não quer nada com você, se manda retardada. — Diz a garota que estava no colo do Rafael, ela parou e veio na minha direção.

— Anastácia, para. — Diz Rafael.

— Mas ROF, essa menina... — Ele a interrompe.

— Eu pedi para você expulsar ela daqui? — Diz ele, sua voz engrossou.

— Parece que ele gosta de você, agora aproveita e humilha ele de novo, é engraçado o ver sendo desprezado por uma garota e ainda correr atrás dela. — Diz JP.

— ROF, esquece essa aí, eu sou bem melhor do que ela e você sabe disso. — Diz "Anastácia".

— Eu não quero mais você, seus serviços não são mais necessários. — Diz Rafael.

— O QUÊ? VOCÊ ESTÁ ME DISPENSANDO POR CONTA DE UMAZINHA COMO ESTA?

— NÃO FOI CLARO? Sai daqui, agora.

— Okay, deixa ela te fazer sofrer, ela nunca vai querer ficar com você, acho que ela já deixou claro quando não fez questão de te beijar ou querer dar para você. E outra, ela nunca conseguirá ser melhor que eu.

Essa hora meu sangue ferveu, eu estava o deixando ser humilhado por minha causa mais uma vez, e que história é essa de "ela nunca conseguirá ser melhor que eu"? Eu fui em direção do Rafael, batendo com meu ombro nela e empurrei-o na parede, dando um beijo nele, terminando com um chupão no pescoço dele, depois olhei para ela.

Ela estava vermelha de raiva, saiu correndo, JP parou de olhar para nós e saiu do camarote, nessa hora eu saí de perto do Rafael.

— Está interessada em mim agora? — Diz ele sorrindo

— Cala a boca, você ainda é um idiota para mim, mas eu... Não aguentei quando eles ficavam te zoando.

— Então estava preocupada?

Dei um soco fraco no ombro dele.

— Cala a boca, ROF.

— Agora está me chamando de ROF?

— Claro, agora tenho intimidade para te chamar de ridículo, otário e feio. — Digo sorrindo.

— Se você acha que eu sou feio, não tem noção de beleza, todas as minas daqui fariam loucuras para estar no seu lugar me beijando, falando nisso, não quer repetir ele não? Eu mereço mais um por ser legal com você.

— Vou pensar no seu caso...

— Sem graça.

— Aí chefe, tenho novas do morro da rocinha. — Diz um de seus vapores.

— Solta a fita. — Diz Rafael.

— Eles estão fazendo um plano para invadir aqui, talvez não seja um dos melhores já que a mina que planejava os planos para ele se mudou.

— Bora para o quarto, chama os outros vapores e o JP. — Diz Rafael. — Helena, espera aqui, eu já volto.

— Me deixa ir junto. — digo.

— Você não vai ajudar em nada, quer ir para quê?

— Porque eu sou a mina que planejava os planos. 

Encomenda TraiçoeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora