1º capítulo

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Ruth's POV 

O som do meu telemóvel ecoou pelo quarto. Abri, lentamente, os olhos e procurei o meu telemóvel pela mesinha-de-cabeceira. Estava quase a agarrá-lo quando ele cai ao chão. Soltei um longo suspiro e nem me dei ao trabalho de pegar nele, colocando a cabeça debaixo da almofada.  

O alarme nunca mais parava por isso, tirei os cobertores de cima de mim e peguei no telemóvel. Escolhi uma roupa e fui tomar banho. Entrei novamente no meu quarto e vesti-me.  

Eram onze horas da manhã e hoje como é sábado, pude ficar até mais tarde na cama. Um cheiro agradável passou pelas minhas narinas. Segui esse cheiro até à cozinha vendo a minha mãe a preparar o almoço.  

- Bom dia. - Dei-lhe um beijo na bochecha. 

- Bom dia dorminhoca. - Sorriu e eu retribuí - Sempre vais hoje para londres? 

- Claro mãe - um sorriso enorme cresceu na minha cara - estou tão nervosa, finalmente, vou puder ir a Inglaterra e a melhor parte é que vou estar com a minha melhor amiga. 

- Eu só quero que vocês tenham juízo nessa cabeça e que vão para lá, para estudar e não para se meterem em sarilhos. - Agora, ela olhava-me mais séria. 

- Não te preocupes. Nós somos responsáveis. - Dei-lhe um abraço - vou ter tantas saudades. 

- Eu também querida. A que horas vais para o aeroporto?  

- Às nove horas da noite. Oh meu deus, eu ainda não acredito que isto está mesmo a acontecer.  

A minha mãe começou-se a rir das figuras que eu fazia. Ajudei-a a terminar o almoço e depois do meu pai chegar, começamos a comer. De tarde vou com Charlotte despedir-me de todos os nossos sítios preferidos.  

Levantei-me e fui para o quarto fazer as malas. Tinha uma mala enorme com o meu vestuário e uma mochila. A campainha tocou, devia ser a minha melhor amiga.  

- Olá Charlotte. - Abracei-a com força. 

- Olá Ruth. Então já tens tudo pronto? 

- Claro. Estou tão ansiosa por ir para londres.- Sorri e Charlotte também sorriu. 

- Eu também. Vai ser tão bom sermos independentes. - Concordei. 

- Mas cuidado com o que fazeis. Eu sei bem o que acontece quando deixamos os nossos filhos ir para outro país. Algum tempo depois dizem-nos que somos avós. - Interrompeu a minha mãe. Eu e Charlotte olhamos uma para a outra e começamo-nos a rir. 

- Mãe já te disse para não te preocupares. - Ela aproximou-se de mim e abraçou-me. 

- Eu sei. Mas continuas a ser a minha menina, é normal ficar preocupada. 

Despedimo-nos dela e saímos de minha casa. Primeira paragem, o parque. Lá encontrava-se imensas pessoas a falar, andar de bicicleta, fazer um piquenique... andamos durante meia hora a conversar, até que encontramos Zoe e James, uns amigos nossos que por acaso namoravam. 

- Olá - dissemos em coro. Assim que Zoe nos viu, correu até nós e abraçou Charlotte. 

- Oh vou ter tantas saudades vossas - Afirmou zoe, largando-a e abraçando-me.  

- Nós também vamos ter saudades. - Voltamos a falar ao mesmo tempo. 

- A que horas é o voo? - Perguntou James.  

- Às nove horas. - Respondi. - Vou sentir a vossa falta. 

- Oh anda cá. - James abriu os braços e eu abracei-o. - Nós vamos estar sempre juntos mesmo que não seja em pessoa. 

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