ECLIPSE

THE SUN

    Já faz um tempo que vivo nesta cidade sem meus pais. Me mudei para cá para estudar numa boa faculdade e todos me conhecem por Sol, já que virou meu apelido desde antes de eu vir para cá. As pessoas costumam me chamar de Sol por eu ter uma personalidade brilhante, diziam que eu tinha a qualidade de me dar bem com todos e trazer felicidade até para a planta mais morta do jardim. Admito, me sinto bem sabendo disso.

    Minha aula na faculdade acabou mais cedo e saí com meus amigos para passarmos a tarde fora. Quando o relógio marcou dezesseis horas, resolvi me despedir dos meus amigos para voltar para casa o mais rápido possível, para assim dar notícia aos meus pais. Pego minhas bolsas e saio caminhando pelas belas ruas da cidade em busca da minha casa, mas acabei me distraindo facilmente com boas lembranças das quais não parava de pensar.

    Fui parar em uma área meio deserta da cidade, onde encontrei uma ponte que dava à um lago extremamente bonito. Sentada na ponta, avistei uma garota diferente, com longos cabelos platinados e vestido branco. Resolvi não atrapalhá-la, afinal já estava atrasado, precisava ir pra casa, então apenas retomei aos meus passos e voltei ao meu caminho.

    Em poucos minutos, cheguei em casa. Coloquei minhas coisas sobre o sofá, preparei um lanche simples e depois me concentrei apenas em ler as mensagens deixadas por meus amigos antes de ligar pros meus pais. Não demorou muito para que eu pudesse finalmente terminar de ler tudo o que eu precisava ler, muito menos para conversar com meus pais e contar-lhes todas as novidades. O que demorou mesmo foi terminar toda a tarefa de casa da faculdade, infelizmente cursar Engenharia não era nada fácil.

    Logo que terminei tudo, tomo um banho e finalmente paro um pouco para descansar. Olho em meu relógio e percebo que já são vinte horas, resolvi não ler nada do que haviam me mandado e passei um tempo apenas refletindo sobre mim. Minha vida era maravilhosa, de fato. As lembranças incríveis que eu colecionava com meus amigos eram incontáveis e insubstituíveis, mas algo me faltava. Não era amigos, nem família, era um amor diferente. Um amor romantico, talvez?

    Não importava o quanto eu pense, eu continuava sem vontade de ir atrás de um grande amor pra minha vida. Acredito que peguei no sono depois de duas horas de reflexão, feliz, ansioso e preparado pra mais um dia.