Na Flor da Pele

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Depois de ter ido ao colégio, ter que dar satisfação a Miranda sobre a noite retrasada, Enzo volta pra casa, ainda está em seu cárcere privado decretado por sua mãe, por mais que sabe que errou ele acha tudo isso um baita exagero, já está com o pé nos dezoito e ela ainda o põe de castigo, já é um homem não um garotinho de dez anos. Trancado em seu quarto ele começa a se arrepender por ter sido um excelente filho, talvez se tivesse sido um filho rebelde, uma ovelha negra desde cedo, sua família teria caído na real e nem ligasse pras suas rebeldias de hoje em dia.

É incrível como quando a gente tá com raiva pensa em coisas absurdas, ele por exemplo neste momento gostaria de poder explodir sua casa, sem mesmo se importar com todos ali, que ódio. Pra poder refrescar a mente e desviar seus pensamentos da raiva pega a tela que ainda não usou, sua paleta de cores e começa a pintar sua casa, com todos os detalhes:

o pomar, as flores roxas nas janelas, a mesa que fica no quintal, parte da piscina feita por Giuseppe, a porta de seu quarto se abre ele escuta o barulho mas não se vira pra ver quem é, prefere continuar concentrado em sua pintura que está praticamente terminada ele só está dando os últimos acabamentos:

- A cada pintura você fica melhor e prova que será um excelente pintor.. - diz Antonella sua mãe.

Ele finaliza a pintura e deixa a paleta no canto, começa a tirar o avental de pintor ainda sem olhar pra mãe:

- Filho eu sei como se sente, você pode achar que não mas sei muito bem, já tive dezessete anos e sei muito bem como é passar pela loucura da adolescência, as dúvidas, incertezas, vontades de experimentar coisas novas, respirar novos ares, é um turbilhão de coisas que vem de uma vez só... - diz ela levantando o rosto do filho que a olha com os olhos brilhando com lágrimas presas.

- Eu não quero te desapontar mãe, me perdoe mas tem coisas e momentos que são mais fortes que eu, eu acabo me jogando de cabeça nas situações. - diz ele chorando.

Antonella abraça o filho o aconchegando em seus braços, como todas as vezes em que ele tinha medo de algo e ela assim fazia:

- Você é meu orgulho filho, você é minha vida, se me preocupo, me altero é não é porque quero ser sua dona e controlar sua vida, veja só você já um homem feito, logo terá sua maioridade mas não importa com quantos anos você esteja sempre será meu pequeno lírio branco, e a mamãe sempre irá te proteger e querer todo o bem do mundo pra ti! - diz ela ainda abraçada com o filho.

Ele a olha e sorri, sabe que as palavras da mãe são as mais sinceras que ele pode ouvir, também a ama muito, e quando a disse que não quer desapontá-la não estava mentindo, sempre quer dar orgulho a sua família, rancar sorrisos dos rostos das pessoas que mais ama nesse mundo, o mundo pode odiá-lo mas se ele tiver o amor, o carinho e a aceitação das pessoas que ama já é o suficiente, o bastante pra se sentir o homem mais feliz e realizado do mundo.

Os dois dão um selinho, é um hábito que tem desde de sempre e Antonella sai do quarto deixando o filho sozinho ali. Dessa vez ela não trancou a porta, pelo visto o perdoou e ele não está mais de castigo, ele olha pra porta e logo desvia seu olhar pro quadro que acabará de pintar, o pega, analisa e desce as escadas, chegando na sala vê todos ali presente, pega um prego que achou pela casa, bate o martelo enfiando o prego na parede e roubando a atenção de todos ali, logo em sequida coloca o quadro na parede do recinto ao lado da imagem de São Marcos de sua avó:

- Esse eu fiz pra as pessoas que mais amo nesse mundo, as pessoa que realmente se importam comigo, se algum momento eu falhar quero poder receber o perdão de vocês, espero que possam ficar ao meu lado em todos os momentos da minha vida, tanto os bons quanto os ruins! - diz ele pra sua família.

Eles se olham e se levantam, vão até ele e o abraçam, um abraço multiplo e aconchegante, Márvia e Giuseppe aparecem no canto da sala olhando a bela cena da família reunida, Enzo os vê:

- Ei, vocês dois venham aqui, vocês também fazem parte da minha família! - chama ele.

E assim eles fazem, vão até os outros e entram no meio do abraço completando a família Valentini.

E assim eles fazem, vão até os outros  e entram no meio do abraço completando a família Valentini

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Os Encantos de Enzo GabrielWhere stories live. Discover now