Manual Para Um Suicídio - Fanfic Jikook

Capítulo 1

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       Por Jimin
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Desde muito tempo eu conto todos os meus segredos pra minha irmã, por piores e mais sombrios que sejam. Ela é nova, no começo, antes de começar a conta-la sobre o que acontecia comigo, eu achava que poderia, de alguma forma, traumatiza-la ou faze-la se sentir mal.

Porém, percebi que ela era forte, e contar o que se passava comigo à alguém de confiança como ela era uma sensação de total alívio. E hoje em dia não me vejo escondendo algo dela.

Yuke sempre foi tímida e até mesmo um pouco reservada, mas isso nunca foi um problema, pelo menos até antes de seus 12 anos.

Aconteceu algo a ela. Não consigo imaginar o que foi, porém, de uma hora pra outra ela começou a não sair mais de seu quarto, já não queria comer e tinha receio em ir à escola. Eu não ligava muito, achava que era uma fase, que logo passaria, assim como aconteceu comigo.

Eu não ficava completamente absorto ao que ocorria com ela, entretanto foram poucas as vezes que eu tentei consolar Yuke.

Mais tarde, depois de muita insistência de omma, Yuke foi a um psicólogo, e logo foi confirmado o que ela tinha: depressão.

Óbvio que eu não me confirmei. O que de tão ruim poderia ter acontecido com aquela garotinha? Aquela que vivia rindo de tudo o que eu dizia, e que contava piadas bobas mas ainda sim engraçadas? A vida dela não era ruim, pelo contrário, do meu ponto de vista a vida de Yuke era quase perfeita.

Não consigo dormir desde então, nós éramos muito ligados, e ve-la em tão péssimo estado acabava comigo.

Bom, hoje em dia ela toma remédios, e mesmo não sendo uma pessoa de convivência fácil, ela pode ser considerada normal. Porém eu percebo que ela não é como antes; ela está mais fria, mais  distante.

Desço as escadas da casa, Yuke está parada na porta.

— Vamos — a puxo pelo ombro. Mais um dia de aula começa

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       Por Yuki
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— Vamos — Jimin me puxa pelo ombro não foi a ponto de me machucar ele sempre me tratou com muito carinho.

Entramos no carro e assim o motorista nos levou até a minha escola, e na hora da saída como sempre Jimin estaria me esperando.

— YUKI — Christian grita o meu nome e vem correndo em minha direção com os braços abertos uma cena um tanto engraçada — que saudade — ele me abraçou e beijou minha bochecha.

— Não é pra dar em cima da minha irmã — Jimin disse sorrindo em um tom brincalhão.

— Claro que não, aish, eu sou gay — Christian disse como se fosse óbvio nos fazendo rir, e assim pude observar Jimin voltando para o carro e indo embora nos ignorando e sem nem se despedir. Acho um pouco estranho, mas deixo pra lá.

— é gay , mas é ativo — falei e vi ele fazendo uma careta — vamos, vamos, o sinal já vai tocar e eu não quero ficar atrasada — entramos correndo na escola.

O tempo passou arrastado durante as aulas, e assim que meu turno acabou, arrastei Christian até a biblioteca.

   — Yuki — Christian me chama baixinho, como estávamos na biblioteca, não podíamos fazer barulho.

— Oi? — olhei para ele e vi o mesmo se inclinar em minha direção.

— Vou sair com um garoto amanhã — ele falou feliz — será que rola alguma coisa ?

— Christian , você sabe eu gosto muito de você e quero seu bem ... Não estou com uma sensação boa, e se aprontarem com você ?

— Vai colocar seguranças atrás de mim?

— Uma boa ideia, olha, leva ele no restaurante da minha mãe! — falei animada — assim posso ficar de olho, posso pedir pro motorista levarem vocês!

— Yuki, você não existe mesmo — ele riu baixinho e beijou minha testa— eu te amo maninha.

— Melhor irmão do mundo.

A garota ao nosso lado fez sinal de silêncio e vi Jimin entrar.

— Jimin, Yuki disse que sou o melhor irmão do mundo — Christian disse sorrindo e vi Jimin ficar sério, eu ri da expressão de raiva em seu rosto.

— Não se preocupe Jimin, você é o número um no meu coração — ele voltou a sorrir, tão fofinho.

– Precisamos ir Yuki. Quer carona? — perguntou a Christian que assentiu e assim fomos o caminho todo conversando sobre o garoto que Christian iria sair amanhã... Ainda estou incomodada com isso, e sinto que isso não vai acabar bem. Olho para Chris decidindo se poderia tentar convence-lo a não ir, mas a expressão no rosto dele está tão radiante que eu desisto.

Entramos no carro, e Jimin para de conversar conosco e de fazer suas habituais piadas, substituindo seu sorriso por uma expressão de foco e concentração. Enquanto percorremos alguns quarteirões, Chris tenta puxar assunto comigo, porém o ignoro. Não fiz propositalmente, apenas queria me concentrar nos meus pensamentos e tentar esquecer daquele aperto.

O carro para e percebo que paramos em frente a casa de Christian.

— Jimin posso ir falar com  Miranda ? — Jimin assentiu e fui pra dentro da casa, assim que avistei Miranda ela veio com um sorriso enorme.

— Olá Yuki — a abracei, Miranda sempre disse que eu sou a filha que ela não teve... Eu sou a filha que meus pais não tiveram.

— Olá , Eu só vim lhe dar um abraço, preciso ir meu irmão está me esperando — Miranda reclamou que eu não ia mais visita-la com a frequência de antes e insistiu para que eu ficasse mais um pouco, porém depois de dar algumas desculpas ela me deixou ir. Troquei alguns sorrisos e acenos com Miranda em um cumprimento final e eu me despedi de Christian.

— Yuke, meu encontro é as 20 hrs. Me encontre lá — ele me diz com aquela expressão radiante de novo. Apenas sorrio de forma forçada e corro de volta pro carro.

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