Agora todas as praças estão cheias de pessoas tocando legião
Sem seguir legião algumaE agora não só meus heróis
Mas meus amigos e inimigos
Todos morreram de overdoseE aquele garoto em cima do muro
Fumou todos os maços que podia
De todas as marcas e sabores
E morreu ainda no muroToda pessoa vazia
Com um copo cheio
Da bebida mais barata
E com a vida mais ingrataA praça dia de sexta
Agora só tem garotos
Que pensam que hi-fi é uma arte
E que o coma faz parteO muro já é maior que o de Berlim
As vidas que sonhamos já não existem aqui
As overdoses viraram a nossa ideologia
E as legiões são agora legislaçõesA balada do louco cresceu e expandiu
E estamos todos morrendo de overdose
O que importa agora é a rima
Não a ideologia
O chiclete na cabeça
E não mais o bardo com sua magiaJa não vivemos num país tropical
A alegria se mascarou
O gigante em coma entrou
O circense já não existe
Ninguém mais toma coca cola
Pensando em casamentoNinguém mais toma nada, pensando em casamento
Andamos sem nada, nada que importe
E criticamos a overdose
Que aos 27 já dominou todos nósNosso sangue já não é latino
Não juramos mais nada com medo de nós aproximarmos
Tentamos viver uma sitcom
Ou a vida de rockstar
E oq nós resta é morrer de overdose
De vacinas da conspiraçãoAgora todos usam óculos
Sem grau
Todos são nerds
Que nunca leram um livro
Todos são bruxos
Sem usar energia
Todos tocam música
Não por amor
Todos estão em cima do muro
Morrendo de overdose
Igual seus heróis da década passadaEssa overdose vai nós matar
De tanta ignorância
Que insiste em nós rodiar
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Estrelas e Outras Coisas que Brilham Mortas
PuisiSe algum dia você descobrir do que se trata esse livro, por favor, me diga, pois eu não sei... Eu não sou um poeta, muito menos um bom escritor, tudo o que está nesse livro são formas de expressar o que quero dizer, são pensamentos momentâneos que v...