Branco e preto coloridos a pele
Verde e castanho médio...
A cor que transborda é a de saudade
Esqueço e lembro previamente o mistérioEu acreditava que sempre ir adiante
Fosse a resposta de todas as perguntas
Não estou tão certa do propósito
Nem mesmo do motivo da pronúnciaEu me quebro e remonto
Me remexo e me desbanco
Nunca organizei minha bagunçaAgora tenho lampejos de seus olhos
Me olhando escondido em uma penumbra
Num ambiente claro envolto de sinuca
Errei a bola verde por notar sua nuca
Se aproximando cada vez maisE eu não sabia dizer se queria mais
E cada vez o "mas" poderia aparecer
E eu ficava entre fazer e desfazer
Toda essa confusão de um nó nossoDesatei o nó
Mas a linha voltou a enrolar
E fiquei nesses dias a cogitar
Sem você dá?
Dá.Mas é isso que eu quero
Sozinha ficar?As pedras no meu caminho
Me faziam tropeçar
Caí seguidas vezes
Mas a indecisão
É difícil lidar.Fico sempre entre o querer e o poder
O ser e o estar.
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Ânsia
Poesíapoesia vem, poesia vai, mas o melhor de tudo: diferente das pessoas, ela sempre volta.