Apaixonar-se é como o mar aberto
E você só tem que nadar
Sem ter um rumo nem direção
Persistir mesmo quando cansar
Mas chega um ponto
Que estás naufragando sozinho
E você não sabe se deve continuar
A nadar ou então assim...
Desistir e se afundar.
Afundar em águas já conhecidas por você
E em outras tanto desconhecidas
Pelo menos por agora...
O ar que ocupava seus pulmões
Foram escassos
Todas as noites nadando contra a corrente
Foram um descaso
Você não deveria ter ido tão longe
Você se arrepende
Mas não se esconde
Não há onde ir...
O persistir é se iludir
Como se acreditasse que no fundo haveria ouro
Mas nenhum tesouro te prenderia assim
O lado bom de avistar uma luz é que...
Estavas à deriva
E agora não mais
Ainda terás muito o que lutar
O navio que te resguardou irá te livrar
De uma hipotermia
E também de um martírio
Estás salvo por enquanto
Mas logo irás voltar ao mar
Meu velho e bom amigo
À deriva de um precipício.
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Ânsia
شِعرpoesia vem, poesia vai, mas o melhor de tudo: diferente das pessoas, ela sempre volta.
