Three

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Acordou no dia seguinte no meio da cama dele, porém, não havia alguém do seu lado. Estava nua e sozinha. Suspirou, pensando que a noite anterior foi apenas uma grande loucura.

– Bom dia – Mariko entrou no quarto – Trouxe seu café! Acordei mais cedo para te ajudar! E desculpe pelo susto do óculos ontem e, claro, do carro também. Quando vi que aquele louco tinha mesmo te levado... nossa! Que bom que ao menos tive tempo de te tirar daquele beco antes que algo ruim acontecesse.

A morena fechou a porta e colocou uma bandeja branca ao lado de si na cama. Não usava nada demais, apenas uma roupa branca casual – camiseta e calça moletom –, mostrando que morava ali.

Akemi se sentou na cama e ajeitou os travesseiros em suas costas para ficar confortável. Mariko negou com a cabeça e pegou os travesseiros, assim afofando-os e arrumando-os no lugar certo, deixando a Yoko mais relaxada.

A loira podia ver claramente o quanto a morena era bonita. Os olhos verdes com caramelo faziam um contraste perfeito com os cabelos castanhos escuros, longos e lisos, além do corpo cheio de curvas. Estava certa de que todo homem gostaria de se envolver com Mariko, até mesmo SeokJin... sentiu-se extremamente burra por ter sido hipnotizada por ele.

– Jin disse para comer o café – Mariko murmurou – Tome essa pílula, vai ajudar a evitar, bem, você sabe, um bebê. De bebê nessa casa já basta eu.

Akemi riu baixo e assentiu, pegando o medicamento que se encontrava nas mãos da Park, engoliu e bebeu um pouco de suco.

A de cabelos dourados pegou a bandeja e depositou em seu próprio colo, assim começando a devorar. Haviam biscoitos e pedaços de bolo, além do suco. Devia admitir que tudo estava maravilhoso.

– Olha, eu acho que vou ser quem mais vai ficar ao seu lado durante sua estadia aqui – Mariko falou com um sorrisinho –, então seria legal que pudéssemos conversar. Sinta-se a vontade!

– Você trabalha para o Jin? – perguntou.

– Ah, não – riu – Eu não trabalho para ele, trabalho com ele. Moro no andar debaixo, eu não quis dividir o segundo piso com ele, pois prefiro um quarto menor, sabe, eu vivo sozinha lá, nunca vi necessidade. Aliás, o Jin também merecia esse lugar depois que conseguiu montar a empresa.

– Empresa?

– Sim. A gente vende drogas lícitas pela empresa, mas a gente vende ilícitas também. Digamos que temos uma posição bem alta na hierarquia da máfia.

– Máfia?! – arregalou os olhos – Deve estar brincando!

– Ok, é muita informação para você digerir. Normal, normal...

Akemi estava chocada. O mesmo homem com que teve uma noite quente poderia ser um mafioso sem escrúpulos que vendia drogas?

– Isso vai demorar para entrar na minha cabeça.

– Pode ser difícil de acreditar, mas Jin não é uma pessoa ruim. Ele e eu tivemos de tomar algumas decisões durante nossa vida que nunca gostaríamos de ter tomado, mas foi impossível evitar. Conforme pegarmos mais intimidade, acredito que poderei te explicar mais sobre isso – sorriu fraco – Agora, mudando de assunto... Jin comprou um monte de roupas para você! Está tudo guardado aqui no closet dele. Nunca vi um cara com tanta roupa como o hyung, mas ele deu um jeito de ocupar outro quarto com as coisas dele para você ter seu próprio espaço aqui.

Mariko a olhou carinhosamente e ajeitou um pouco os cabelos da loira que estavam bagunçados e embaraçados.

– Venha ver as roupas! E, só para deixar claro, eu chamo o Jin de hyung mesmo que não seja o pronome de tratamento certo, porque temos um relacionamento de irmãos e eu gosto de pensar nele como meu irmãozão, sabe? Não combina com oppa. Oppa é meloso, sei lá! Não sou uma garota padrão dos doramas, acho que sou uma vilã da Disney, uma bruxa... vai saber!

[...]

Deixou o quarto da nova moradora em potencial para que a mais nova pudesse ter um tempo com seus próprios pensamentos. Era muita coisa para uma garotinha compreender daquela forma, tudo de uma vez.

A morena estava triste por ver que Akemi tinha ficado muito abalada, tinha que admitir. Ela queria muito que a loira amasse seu Hyung, que preenchesse o coração vazio e despedaçado dele. Jin sofreu assim como a Yoko, ele poderia entendê-la, amá-la por suas singularidades e experiências.

– Espero que você seja feliz, como eu nunca poderei ser – Mariko murmurou, pensando em Jin e, logo depois, odiando-se por pensar em Park, o seu parceiro. Ela não gostava de vê-lo e da forma que ele a tratava, tão carinhosa, pois pensava idiotices depois.

Pare de pensar em Jimin! Saco! Odeio isso!

[...]

Akemi havia achado itens para higiene pessoal dentro de uma bolsinha e também uma roupa decente entre as prateleiras, só faltava vesti-la. A loira encarava a blusa larga branca com estampa de uma banda indie que devia ir até depois de suas coxas, a calcinha e o sutiã brancos e o shorts de algodão confortável preto com um sorrisinho nos lábios. Aquilo era perfeito para, ao menos, tentar se sentir em casa.

Foi tomar um bom banho. Dirigiu-se ao banheiro do quarto imenso e visualizou a linda banheira. Nunca tinha usado uma e ficou empolgada, muito empolgada! Abriu a torneira de água quente e esperou a banheira encher para entrar, parecia ser maravilhoso. Ficaria uma longa hora relaxando ali até ver que seus dedos estavam começando a enrugar,.

[...]

Estava entediada. Mariko havia emprestado livros para que ela lesse, porém, não estava gostando do que havia iniciado a leitura. Resolveu que mudaria, por isso pegou o próximo sem vontade alguma.

Leu o título do livro: 50 tons de cinza. O quê?! Mariko leu aquilo?! Não podia acreditar! Começou a gargalhar, uma risada doce e gostosa de se ouvir.

Distraiu-se tanto que nem ouviu a porta do quarto ser destrancada e aberta. Por ela, Jin entrou. O moreno estava terrivelmente fascinado pela risada da loira, mal acreditava que estava vendo brilho nos olhos verdes.

Viu o nome do livro e riu baixinho, sabia que era da Mariko, pois ela sempre caçoava da trama, tinha lido, odiado e reclamado do enredo durante uma semana inteira

Aproximou-se dela e retirou o livro das mãos da garota, fazendo-a levar um susto.

– Adorei ouvir sua risada, querida – ele disse com um sorriso – É gostosa demais.

Akemi se envergonhou, corou muito forte. Ele sabia como mexer consigo, deixá-la em chamas com apenas um olhar. Seu ventre esquentou, mas ela inspirou fundo, controlando-se. Não conseguia evitar lembrar da noite passada ao encará-lo.

Sentiu os olhos dele como os de um predador encarando a presa quando o encarou. Jin fitava cada pedaço seu com brilho nos olhos, maravilhado, quase lambendo os beiços.

– Você consegue ficar linda até assim. Não precisa de nada para me deixar louco...

E ele a amou naquela noite, mas amou à sua maneira rude... e talvez esse fosse ser seu problema na manhã seguinte, pois Akemi era delicada e, ele, um monstro pronto para quebrá-la.

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Mariko rainha, apenas isto. Jimin logo logo chega para mexer com o coraçãozinho de gelo dela, rs.
Jin é nosso rei como sempre e a Akemi nossa princesinha, aaaaaaaa, dá vontade de colocar ela num potinhooo <3
Desculpem a demora!
xoxo

Burglar's LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora