Eight

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            Quando Mariko chegou em casa, Akemi e Jin já haviam saído. Pensou se ele a levaria para a escola naquele dia. Aquilo poderia muito bem ser motivo de chacota, pois Akemi era bolsista, com certeza seria estranho aparecer num carro como o de SeokJin. Suspirou. Teria de acreditar que a loira lidaria com aquilo numa boa ou que não ocorreria nada.

            Os pensamentos da castanha foram interrompidos por Mirko. A menor veio até si, dizendo:

            – Senhorita Mariko, o senhor Jin levou a senhorita Akemi para o colégio hoje – bingo! – Ele perguntou onde estava, mas eu apenas disse que não sabia. Não me esqueci, mandei o beijo, ela é muito gentil e agradável, devolveu-lhe um também.

            Mariko até poderia sorrir caso não estivesse tão destruída. Park Jimin havia dado um chacoalhão em seu lado emocional, coisa que ela nem lembrava existir há um bom tempo. Como pôde tocá-la daquela forma tão íntima e persuadi-la a ponto de fazê-la amar aquilo?!

            – Senhorita Mariko, você não me parece bem. Por favor, acompanhe-me até a cozinha para beber um pouco de água.

            As palavras saíram num tom extremamente gentil, solidário e preocupado. A morena abaixou e retirou a mala branca que Mariko tinha em mãos.

            – Mirko.

            Quando Mariko chamou, Mirko demorou para olhar, apenas depois de uns segundos ela olhou. A Park mais velha anotou mentalmente o primeiro ponto: ela demorava para responder quando lhe chamavam por Mirko.

            – Chamou-me? Desculpe, estava distraída.

            Não, não estava distraída, Mariko sabia disso. Havia algo estranho com aquela menina e iria descobrir. Lembrava-se muito bem daquela música que Mirko tinha cantado e ainda tinha dúvidas em relação àquilo.

            – Traga uma compressa gelada para mim. Está na geladeira dos fundos.

            A mais baixa assentiu e entregou o objeto para a outra. Park Mariko foi para o quarto, jogou a mala em cima da cama e começou a retirar sua roupa. Prendeu os cabelos longos num coque bem feito e nem se deu o trabalho de pegar um roupão ou algo parecido. Guardou as roupas que usava em seus devidos lugares e sentou na cama, cansada.

            Mirko adentrou o cômodo, com medo de ter sido reconhecida, principalmente depois dae receber uma ordem para trancar a porta. Não queria que a maior a descobrisse, ela mesma deveria contar quem era para sua irmã postiça, pois sentia que isso seria justo com a mais velha.

            – Obrigada. Você poderia me ajudar vom isso?

            A Park mais nova olhou Mariko completamente surpresa. Seu olhar caiu no corpo alto e esbelto da morena, estava com alguns chupões nada discretos no colo e no pescoço.

            – Faz tempo que não vejo marcas no meu corpo – a castanha falou.

            – Céus, senhorita Mariko! Essas não são marcas quaisquer, são chupões – Mirko disse.

            – Pernilongos que não poderiam ser. É por isso que eu odeio Park Jimin – respondeu, cerrando os dentes, sabendo que era uma mentira – Espero que me deixe em paz, já teve o que queria.

            Mariko repensou suas palavras por alguns segundos. Não sabia se seu desejo era não vê-lo mais. A noite foi tão boa, ele a fizera tão bem, mas... de manhã... Jimin fora egoísta. Então era melhor que não se vissem por um tempo.

Burglar's LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora