III - Noite de Submissa

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Logo de manhã recebi uma mensagem de Derek passando o endereço do cliente de hoje. Felipe. Esse eu não conheço, mas clientes novos são sempre bem vindos.

Levantei e fui correr na praia. Eu amo o sol e a areia. Amo morar aqui e poder desfrutar desse mar maravilhoso.

No meio do caminho, comprei uma água de coco e sentei na areia para beber. Deu a minha hora e eu voltei para casa. Tomei um banho rápido e já sai de novo. Vou fazer depilação.

Como vou trabalhar até tarde e tenho aula amanhã cedo, aproveito o tempo que ainda tenho para dormir.

Eu deito pensando na minha mãe. Tia Pam tem razão, minha mãe nunca aceitaria esse meu estilo de vida. Mas eu preciso do dinheiro. Sem os programas, não vamos ter nada. Eu sou a única que trabalha. Sou eu quem pago a conta do meu colégio, do colégio da Sabrina, a conta de água, de luz e do telefone, e as compras do mês. Não é um dinheiro limpo, mas é honesto. Eu não roubei, ganhei tudo com o meu esforço. Não é um trabalho muito digno, mas é o que traz comida para casa.

E eu pretendo sair dessa. Quando eu terminar a faculdade e me estabilizar em um emprego fixo. Sei que não vou ganhar como ganho hoje, mas quero conforto. E também quero um dia poder me apaixonar e tocar minha vida adiante.

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Eu me arrumei com o meu melhor vestido. Cliente novo merece ser bajulado.

Como ele pediu para me pegar na rua, Derek não poderia estar presente. Ele me pegou e me deixou a uma certa distância. Eu coloquei a máscara e olhei o endereço de novo. Era perto.

Não precisei esperar muito. Um carro parou na minha frente e chamou pelo meu nome.

- Mya?

- Sim?

- Sou Felipe. Entre.

Entrei no carro e fixei Felipe. Não parecia ser muito mais velho do que eu. Tinha os cabelos castanhos e muito charmoso. Os olhos verdes, sorriso encantador e o rosto bem cuidado. Putz ele é um gato!

Ele ligou o carro e seguiu pela avenida.

- E então, o que você vai querer?

Felipe não me respondeu e me olhou desentendido

- Bem, você é um cliente novo, não sei suas preferências. - completei

- Não se preocupe, eu lhe direi.- respondeu sorrindo

Seu sorriso malicioso me deixou excitada. E curiosa. O que ele vai fazer? O que EU vou ter que fazer?

- Quantos anos você tem? - perguntei

- 20. E você?

- Não posso dizer. Mas tenho quase a sua idade.

- Eu estava curioso. Quero dizer... não da para saber o que tem atrás da máscara. E eu fico tentando imaginar como você é. - eu não disse nada - Chegamos. - ele parou e abriu a porta para mim - Venha.

Depois que sai, ele pegou uma bolsa esportiva no banco de trás e trancou o carro.

A rua estava escura e nós entramos em um apartamento simples. A cozinha era pequena e a sala não era apresentável. Mas quando chegamos ao quarto, eu me surpreendi.

A suíte era enorme. Tinha uma cama grande e confortável. Havia uma cama, uma mesa em um canto e várias cadeiras diferentes. Também vi argolas e correntes presas na parede. Okay, isso é muito estranho.

Olhei para Felipe. Ele colocou a bolsa na mesa e tirou a camiseta.

- Venha comigo.

Ele pegou minha mão e me levou até uma cadeira acolchoada. Depois deitou-se na cama e colocou uma musica sensual.

Dama de VermelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora