XXXI - Parque de diversões

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Noite de véspera da festa beneficente da G.A.S.A.

Todo o meu dia havia sido uma loucura e à noite só queria tomar um banho e dormir.

Quando estava quase me deitando, meu celular tocou e alegrei-me em ver o número.

- Nanda! - quase gritei ao atender

- Amiga! Estou sentindo sua falta.

- Eu também amiga.

- Fiquei sabendo que a festa é amanhã. Podemos nos encontrar?

- Ah Nanda. Ainda não sei. Continuo incerta.

- Mau pressentimento?

- Sim. Se algo lhe acontecer, serei culpada pelo resto da vida.

- Não vem com neura My. Não vai acontecer nada.

- Estou te pedindo para não ir, por favor.

- Está bem. É verdade que você está namorando? - mudou de assunto

- Quem é seu informante Fernanda?

- Luck.

- Vocês se acertaram?

- Sim, mas quero saber de você.

- Sim Nanda. Ryan é médico, me ajudou quando tive que sair de casa e cuidou de mim.

- Já quero conhecê-lo.

- E vai amiga, com certeza. Logo o detetive vai terminar seu trabalho, pegar o responsável por tudo isso e nossas vidas voltarão a ser como eram antes.

- Assim espero.

Ainda conversamos um pouco mais até eu desligar vencida pelo sono. O dia seguinte seria longo.

Levantei mais cedo que de costume e me troquei. Optei por um short curto branco e uma camisa de botão da mesma cor, amarrei-a sob o umbigo para criar um look mais estiloso.

Ryan ligou avisando que estava saindo para me buscar e o convidei para tomar café comigo.

Cheguei na cozinha a tempo de ajudar minha tia a arrumar a mesa para o café. Estendi a toalha na mesa, coloquei a jarra de café, pães e o bolo de cenoura.

A campainha tocou e minha tia apressou-se em atender enquanto eu terminava de fazer um suco de laranja.

- Bom dia anjo! - beijou-me Ryan ao entrar na cozinha.

- Bom dia amor.

- Está pronta para hoje?

- Ainda não. Preciso do meu café reforçado.

- Então vamos comer amor. Estou com fome também. Posso me juntar a vocês?

- Claro! - sorriu minha tia

Nós dois sentamos na mesa, mas minha tia saiu para a dispensa e voltou com um saco de farinha de trigo.

- Não vai comer conosco, tia? - perguntei

- Já comi. - respondeu ela - Vou aprontar os bolos para a barraca de doce.

- Sua tia vai doar os doces? - perguntou Ryan

- Sim. Por quê?

- Lembre-me de ligar para Enzo. Ele não vai querer perder isso.

Nós rimos e tomamos nosso café sem pressa.

Por volta das oito horas da manhã, já estávamos no terreno do evento com Myrian, Miguel e mais alguns ajudantes.

As barracas foram montadas um dia antes. Barraca do tiro ao alvo, de doces, salgados e bebidas. Cada uma delas de uma cor, dando vida ao espaço.

Dama de VermelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora