Mark, fazendo 7 anos de idade.
Era meu aniversário. Mas por que a minha família, que não me via a tempos, continuava a chegar e perguntar pelo pequeno intruso que estava em minha vida? Eles continuavam ao seu redor, lhe fazendo perguntas, lhe mimando ou perguntando da minha mãe sobre ele.
Eu não estou me importando.
O melhor do dia foi poder correr e brincar com meus primos e, felizmente, eles não estavam perguntando por Donghyuck e nem o chamaram pra brincar. Era possível o ver nos fitando pela janela mas eu não o chamei.
- Mark, devemos chamar seu irmão para brincar? - Perguntou Jeno.
- Ele não é meu irmão. - Bufei, talvez com muita raiva pra uma criança. - Eu não quero que ele brinque com a gente.
- Por quê? - Jeno inclinou sua cabeça, acho que ele não poderia entender.
Mas eu não estou me importando.
Eu não pude aguentar. Ao cantar o parabéns disseram "Mark, fique ao lado do seu irmão". Era meu aniversário, mas ele estava sendo o centro de tudo. Então por que eu deveria permanecer onde ninguém me nota?
Sim, eu estou me importando.
Desde sua chegada eu havia me tornado invisível. Mamãe o levava para passear dizendo que ele tinha que se habituar, mamãe passava mais tempo com ele e não fazia mais meu sabor preferido de bolo.
Com esses pensamentos senti meus olhos encherem de água. Por quê? Por que machuca tanto assim? Me aproximei da mamãe e perguntei o que tanto queria saber.
- Mamãe, quando ele vai embora?
- Quem, meu amor?
- Donghyuck.
- Mark, ele não vai. Ele é parte da família, achei que tivesse entendido... - Por que ela parecia decepcionada?
Eu estou decepcionado e eu não entendo.
Eu saí correndo de casa enquanto chorava, doía muito. Por que ela não pode mandá-lo embora? Eu corri até o parque próximo de casa, não era secreto, mas eu poderia me esconder ali e chorar até passar. Escondido entre as árvores e chorando alto como nunca antes. Doía muito.
Só pude sentir braços ao meu redor, não sabia quem era, mas chorei ainda mais.
- Mamãe também está chorando. - Era Donghyuck. - Sabe Mark... eu não quero roubar seu lugar, só quero receber um pouco de amor. Me desculpe.
Fiz mamãe chorar? Por que Donghyuck está me abraçando e sendo tão gentil? Doía muito.
- Mamãe está muito triste. - Ela não é sua mãe, pensei. - Ela me visitava todo final de semana, ela prometeu me adotar. Disse que seríamos uma família feliz.
- Não podemos ser felizes quando eu estou triste. - Falei fungando e limpando meu rosto. Donghyuck se sentou na minha frente e segurou minhas mãos.
- Por que não podemos tentar nos amar? Mamãe só quer isso. E eu também, Mark. Deixa eu te amar? - Ele tinha um sorriso tão fofo. Quis odiá-lo ainda mais.
Acabamos por voltar pra casa de mãos dadas e debaixo da chuva que caía sobre nós.
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Mas quando ele vai embora? - Markhyuck
FanfictionE se um estranho aparece em sua vida? E se ele tenta roubar seu lugar? Mark descobre que aquele invasor só queria amar e ser amado.