Conselhos

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 A questão do casamento cada vez mais incomodava a jovem rainha Harriet. Havia muito o que fazer para estabelecer seu reinado, reorganizar suas tropas, atender os necessitados e provar a todos que era alguém em que se podia confiar, que representaria a todos sem exceção. 

Para que o povo conhecesse e se aproximasse da rainha Harriet, Margaret estava organizando uma turnê pelo país, onde sua filha ouviria as pessoas de cada vila e lhe daria conselhos. Tio Jasper gostou da ideia, e logo se ofereceu para acompanhar a amada sobrinha também. No meio dos preparativos, novamente o pensamento do casamento. Tentou ignorar, e se concentrar na viagem e como deveria ser sábia e justa para todos, mas mesmo assim, não podia esconder a preocupação dos seus familiares mais chegados.

Na manhã da terça feira, os cavalos estavam prontos e a guarda a postos para acompanhar Lady Margaret, Lorde Jasper e Vossa Majestade. Harriet montou e deu uma longa olhada no Palácio de Westminster, ainda tinha dificuldade de chamar o lugar de lar. Tudo que tentava pensar agora é que tinha um reino para governar, e tomar a postura e as decisões que lhe cabiam para realizar isso.

 Logo a comitiva de Harriet chegou à primeira vila, a mais próxima de Londres. Sua passeata pelas ruas foi tranquila, mas nada nem a calmaria tirava a atenção alerta de tio Jasper. O acampamento da rainha foi montado perto de um lugar seguro, com os guardas vigiando a tudo e a todos. Harriet finalmente ficou sozinha naquele dia, se jogando bruscamente contra o colchão, devido à exaustão, tentando colocar os pensamentos em ordem. Ao pensar nos conselhos que deu ao povo naquele dia, julgou ser sábia e conseguir evitar o máximo de conflitos.

Mas a questão do príncipe Elijah ainda estava ali. Foi então que Margaret surgiu, como fazia todas as noites, para desejar boa noite à filha. Harriet sentou-se direito imediatamente ao ver a mãe entrar na tenda.

-Boa noite-saudou Lady Beaufort-o que te incomoda Harriet? Faz tempo que não está bem, talvez agora queira conversar.

-Tenho outras dúvidas sobre o meu...-Harriet mal conseguia expor as palavras-potencial pretendente. A senhora já casou-se três vezes e, bom, sei que não temos escolha, sei que preciso unificar as casas, mas se possível, encontrar só um pouquinho de felicidade no meu casamento. Eu sei que a senhora amou Lorde Sttraford. Quando teve certeza que o amava?

-Ora...-Margaret estava surpresa por sua rainha questionar tal coisa, mas não a sua filha, uma moça solteira-sabe que de certo modo eu pude escolher o Henry, e porque gostava dele e tínhamos coisas em comum que decidi isso, principalmente. Mas o relacionamento em si só se desenvolveu depois que nos casamos, entendemos um ao outro e aprendemos a lidar com as diferenças.

Harriet escutou com atenção e então disse:

-Há algo que preciso lhe confessar e...-a rainha suspirou e fechou os olhos-talvez seja o começo de algo bom. Sabe que todas as vezes que vi Elijah no campo de batalha senti algo, que até agora não sei explicar, é como se eu o olhasse e soubesse quem ele é, mas não tenho provas para saber se ele realmente é como esse sentimento me faz pensar.

 -Tem razão numa coisa Harriet-Margaret tomou as mãos da filha-é o começo de algo que nos ajudará no que precisamos. Escreva ao Elijah. Diga que a rainha manda seus cumprimentos e que de boa vontade o convida a fazer parte da corte. Traga-o para perto e vai poder conhecê-lo como quer. Além disso, aplacará a impaciência do Conselho.

-Farei isso-o conselho logo acalmou o coração de Harriet e ela acatou o que a mãe disse.

Parecia que um pouco do que Harriet carregava havia deixado seus ombros.


Conexão de AlmaWhere stories live. Discover now