02: guerra de ruivas

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Chego no refeitório e todos olham pra mim. Até parece que não foram ensinados que não se deve encarar as pessoas. Mimados. Só consegui ver gente com cara de abuso. Nada além disso. Ninguém interessante. Quanta falta de criatividade. Clones de Barbies e Kens por toda parte. Uou, que sem graça.

Tive os meus pensamentos interrompidos por um projeto de havaiano com uma camisa florida que fazia os meus olhos arderem. — IAE, GIRL! Eu sou o Eli, mas pode me chamar de... — o interrompi.

—Não vou te chamar de nada. Não vou falar com você. Pelo menos, não pretendo.

—Que selvagem... pra que isso? quem pensa que é? — respondeu uma menina cabelo de fogo com uma cara de abuso gigante, estilo Mc Melody.

—Com todo o respeito, princesa... — falei em tom de deboche — sou muito mais complexa do que você seria capaz de entender, acredite

—O que tá acontecendo, princ... — interrompi o outro garoto.

—Lamento, mas só eu a chamo de princesa, bro, lembre disso se não quiser morrer  — falei me retirando do refeitório e indo até o meu dormitório.

Quase chegando no dormitório, dei de cara com um garoto, — o único que parecia ser legal — ele não era muito alto, e tinha um cabelo da hora.

—Fala, Ginger — ele disse calmamente

—Do que você me chamou? — perguntei

—Ginger. Ah, eu sou o Max.

—Eu te deixei falar assim comigo? — falei, já irritada.

—Não pedi permissão, princesa — ah não, ele não me chamou de princesa.

Aquilo me incomodou. Quem o cretino pensava que era? Não pensei duas vezes, dei uma joelhada no abdômen dele — com razão — e saí de lá revoltada.

Segui andando pelo corredor sem rumo, até que chegou uma notificação misteriosa, de um número desconhecido.

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