Little Things | l.s

Capítulo XXIII

Seria hoje o grande dia

Não, eles não iriam se casar (ainda), mas seria hoje o dia em que Harry pediria Louis em namoro. Ele havia organizado tudo, absolutamente todos os detalhes.

Ele havia se esquecido apenas de uma coisa: avisar Louis.

Okay, talvez o plano desse certo sem que ele tivesse que fazer isso...?

Não, definitivamente ele teria que avisar Louis, tratou de lembrar a si mesmo, afinal não poderia sequestrá-lo!

Ou será que...

Não, definitivamente não!

Harry não estava preparado sequer para chamar o pequeno para sair, como imaginava pedi-lo em namoro então, oras! Sua mãe estaria decepcionada com sua falta de coragem nesse momento. Ele tinha tudo preparado, contava com a ajuda de Andressa e sabia que Louis gostava dele, o que tornava as coisas tão difíceis então?

Talvez seu grande incômodo fosse o medo de ser rejeitado. Afinal, não conseguiria viver sem Louis. Não mais

E se, por algum motivo, o menor não quisesse namorar consigo? Essa possibilidade existia, afinal das contas...

Havia horas que Harry não colocava nada na boca por conta de sua ansiedade, seu estômago parecia estar fazendo uma festa, e ele não sentia que alguma comida pararia lá dentro.

Isso seria cômico se não fosse trágico

Harry nunca fora uma pessoa ansiosa, mas algo em Louis despertava um lado nele quem nem mesmo ele conhecia. Algo que parecia estar escondido há anos para surgir apenas... Agora

Essa seria realmente a melhor forma de expressar sua situação: Sentia-se um adolescente virgem novamente. Tudo bem, de virgem ele não tinha nada, mas sentia como se fosse seu primeiro relacionamento, e estava nervoso por isso. Seria talvez por ser seu primeiro caso com um homem? Ou talvez então por não sentir apaixonado há anos?

Apaixonado, está aí uma palavra que Harry nunca imaginou que entraria em seu vocabulário novamente. Por tantos anos esteve presa ao dicionário, porém agora a sentia viva e ardente em seu coração, estava apaixonado, afinal, e sentia-se estranho por isso.

Era como um ciclo sem fim, onde começava pensando em como se sentia estranho, traçava uma linha de pensamento (envolvendo Louis) completamente distante de sua origem e terminava com os mesmo pensamentos que deram início a uma série de reflexões. A conclusão era sempre a mesmo: Estava completamente louco

Talvez louco seja uma palavra muito forte... Nervoso, então. Ou senão maluco. Bem, seja lá qual fosse a bendita palavra, era exatamente assim que se sentia no momento

Assim que acordou nessa manhã, Harry decidiu que tomaria coragem para chamar Louis para seu primeiro encontro, porém ao ficar parado em frente a porta de sua casa sem coragem de tocar a campainha, percebeu que essa não seria uma tarefa lá muito fácil

"Okay Harry, você consegue" Repetiu para si mesmo, segurando a respiração e finalmente tocando a campainha. Percebeu o quanto estava nervoso quando se deu conta de que ainda segurava a respiração quando Louis enfim abriu a porta.

"Harry? Que surpresa! Pode entrar" O mais novo disse com seu tom de voz, como sempre, tranquilo. Ele vestia um moletom enorme, que cobria suas coxas e, por Deus, o deixava muito sexy. Harry sentiu-se enrijecer ao se dar conta de que, talvez, ao final do dia teria esse homem todinho para si. Seria o mais perto que poderia chegar de alcançar a felicidade verdadeira, concluiu

Ele apertou com força o buquê de flores que segurava ao dar um passo a frente e entrar na casa de Louis. Harry decidiu comprar um lindo buquê de rosas vermelhas para convidar o mais novo, afinal, quem resistiria a rosas vermelhas?