Capítulo XXVI

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Gente, eu tive que repostar pq antes tinha dado problema o capítulo💔
Fiquei muito triste pq o feedback estava maravilhoso...

Enfim, por favor, votem e comentem novamente para não desanimar esta autora que tanto ama vcs❤️

-x-

Louis estava deitado no sofá de sua sala assistindo O Exorcismo de Emily Rose. As luzes estavam todas apagadas e as crianças dormiam há algum tempo, deixando a casa em um clima um pouco mais assustador do que Louis gostaria de admitir. Ele não costumava ser uma pessoa medrosa, mas ele jurava que a qualquer momento a televisão se apagaria e alguma assombração apareceria para assustá-lo!

"Não entra aí, sua idiota! Tem um demônio aí, você vai morrer!" Exclamou para a televisão, indignado com incrível falta  de inteligência da personagem principal do filme. Por Deus, não é possível que alguém seja estúpido a esse ponto!

Apesar de que...

Louis parou para refletir.

Apesar de que não teria como a personagem saber que aquele cômodo comportava algo sobrenatural, correto?

Ele pausou o filme.

Se não tinha como ela saber, ele não poderia julgá-la, afinal, ela era apenas uma vítima.

Louis sentiu-se mal por um momento, por ter criticado a personagem mesmo que ela não merecesse. Deus, que tipo de pessoa ele era?

Não acreditou que estava sentindo-se assim por ter julgado a personagem de um filme. Por esse motivo Louis nunca foi fã de ficar sozinho com seus pensamentos; eles gostavam de lhe pregar peças.

Deu continuidade ao filme, tentando desligar essa parte racional de seu cérebro que adorava lhe julgar por julgar os outros.

Louis se encolheu em seu próprio corpo em uma tentativa de desaparecer. Haviam lhe dito que O Exorcismo de Emily Rose era um filme aterrorizante, mas ele imaginou que não seria nada além do usual, apenas mais um filme de terror qualquer para riscar de sua lista. No entanto aquela produção de 2005 estava lhe surpreendendo, e ele deu graças a Deus por Natan estar dormindo consigo em seu quarto.

Ele fixou seu olhar na tela da televisão. Aquele era um daqueles momentos em que tudo fica em silêncio para algo acontecer em seguida; na maioria das vezes era apenas um susto de nada, como um copo quebrando ou alguém entrando pela porta.

Louis pensou que estava completamente preparado para o susto que se seguiria, no entanto ele sequer imaginou que ouviria batidas vindas de sua porta naquele momento exato.

O sangue se esvaiu de seu corpo.

Louis parou o filme e prendeu a respiração, em uma tentativa inútil de fingir que não havia ninguém em casa.

As batidas retornaram, contudo acompanhadas, dessa vez, de uma voz familiar que trouxe Louis de volta para a realidade.

"Amor, abre a porta, por favor!" Harry o chamou. Pelo seu tom de voz ele parecia um tanto vulnerável, e Louis rapidamente levantou-se para recebê-lo. Ao abrir a porta, encontrou uma cena que lhe partiu o coração. Harry tinha o rosto tomado por lágrimas, seus lábios tremiam e seu olhar parecia cheio de dor. Sem sequer pensar duas vezes, Louis puxou-o para um abraço.

Harry praticamente desabou em seus braços, e Louis teve que tomar cuidado para não cair por conta da diferença de tamanho. Ele sequer parou para pensar nisso, contudo. Seu coração estava inteira e completamente tomado de preocupação por ver Harry daquela forma.

Louis desvencilhou-se do abraço e andou com Harry até o sofá, para que, sentado, ele pudesse acalmar o cacheado. Mesmo que tudo o que sua mente pudesse pensar naquele momento fosse em Harry, Louis não conseguiu deixar de notar que ele segurava uma garrafa de whisky pela metade em suas mãos. 

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