Capítulo I

20 2 0
                                    

Abro os olhos lentamente tentando me acostumar com a luz, esfrego os olhos e do lado da minha escrivaninha tem uma flor, uma rosa na cor preta, é a primeira que eu vejo em toda a minha curta vida de dezesseis anos.
  Me levanto vou até o vestuário coloco o uniforme do orfanato depois de fazer as minha higiene.
  Estou no orfanato desde que me conheço por gente, a Irmã Dulce me trouxe para cá depois de meu país morrerem juntos, minha mãe era cega de amor, meu pai era do Paquistão ele foi treinado para ser um homem bomba. Ele explodiu no último andar do prédio mais antigo da cidade, ele explodiu com minha mãe nos braços. Órfã, vim morar aqui com apenas sete meses de idade bem no início do orfanato que foi construído por causa de mim e que leva meu sobrenome como nome. Aisha meu primeiro nome é árabe significa vivia, ou que está viva, é assim que meus pais me queriam, viva.
  E meu sobrenome e nome deste orfanato Pasquale. Aisha Pasquale, filha do casal Pasquale que morreram em uma explosão, causada por eles mesmos.
  Desço as escadas do enorme orfanato carregando comigo a rosa preta, chagando na cozinha vejo todo mundo usando roupas pretas, me pergunto o que será que aconteceu
Aisha minha querida, venha cá - Irmã Valentina me puxa pelos braços - Temos algo pra te contar...
Ei onde está Irmã Dulce? - Pergunto enquanto coço minhas pupilas com heterocromia e prendo meu longo cabelo ( atualmente loiro) em um coque.
  - Então... - Valentina começa mas logo foi interrompida
- Conta pra ela logo - A piolhenta da Gabriela diz entanto bufa.
Gabriela da chegou aqui logo depois de mim, ela era um amor de pessoa, pensa numa garota fofa, mas ela mudou radicalmente quando foi adotada e logo depois largada de novo.
  Sério ela passou nem uma semana com a nova família, deixaram ela na porta do orfanato por causa que elas estava com piolhos, eca. O pior é que ela dormia no mesmo quarto que eu, por sorte não peguei
- Olha Aisha, Irmã Dulce faleceu - Diz segurando o lenço para enxugar suas lágrimas.
  Eu não acredito, minha mãe de concideração  esta morta. Me derrubo em lágrimas.
- Venha cá minha querida - Vitória me conforta - Vai ficar tudo bem.
  Eu abraço ela como se fosse o fim do mundo, eu não conseguia acreditar.

Eu estava no enterro de minha segunda mãe, Valentina seria a última a fazer o discurso, eu já fiz o meu mentalmente ninguém precisa saber, e eu nem conseguiria falar nesse estado.
- Olá a todos - Valentina começa - Hoje eu perco minha irmã querida, Aisha perde sua segunda mãe, e todas as meninas do orfanato perde quem lhes deus abrigo, amor, carinho, afeto quando mais precisaram. Dulce era mais que uma freira, mais que uma fundadora do Pasquale, era a nossa protetora, era a pequena imagem de Deus em nossas vidas, agora nossa imagem está lá morando com ele.
Todos aplaudiram, foi lindo o discurso, bem depois que rezamos o caixão começou a descer, a minha ficha caiu junto.
Eu estava órfão pela segunda vez.

Rosas para AishaOnde histórias criam vida. Descubra agora