Meu melhor amigo (Romance Gay)

Confusões

Que merda estava acontecendo? Kaic estava com a língua dele dentro da minha boca, era a coisa estranha que poderia ter acontecido na minha vida. Eu o empurro, olho pra ele tomalmente assustado, o cara mais homofobico da escola gosta de mim? Minha cabeça está uma confusão. Eu sai correndo daquele banheiro meio desnorteado com oque tinha acabado de acontecer, entrei na sala de aula me sentei no meu lugar, Murilo me olha estranhando.

- Aconteceu alguma coisa mano? Você está pálido. - Ele me olhava preocupado.

- Não, não aconteceu nada. - Eu estava muito assustado.

Não consegui prestar atenção na aula, eu estava com medo, sei lá, aquilo tinha sido uma loucura.

- Depois te levo aquele negócio na sua casa Murilo. - Falei arrumando minhas coisas para ir embora.

- Eu vou ligar pros cara e dizer que já tenho o dinheiro - Ele estava feliz - Eu vou arrumar um trabalho e te devolver cada centavo mano.

- Eu já disse pra não se preocupar com isso, não tenha pressa. - Sorri para ele.

Fui andando para o lugar onde guardei minha bicicleta, eu queria sair daquela escola o mais rápido possível, não quero ter que olhar pra cara de Kaic, mas não tive sorte. Ele vem em minha direção e da um tapa em meu peito.

- Se você contar sobre aquilo pra alguém eu mato você - Seus olhos pegavam fogo.

- Tá, eu prometo - Respondi assustado.

- Acho bom. - Ele sai.

Eu vou correndo destrancar a bicicleta, começou a sair lágrimas dos meus olhos.

- Está tudo bem? - Alan aparece.

- Está sim. - Eu estava tirando a corrente da bicicleta.

- Hey. - Ele segura o meu braço.

- Oque foi? - Olhei pra ele.

- Vem cá. - Ele me puxa para um abraço.

Eu desabei a chorar.

- As coisas ruins só acontecem comigo. - Eu estava molhando sua camisa com as lágrimas.

- Vai ficar tudo bem. - Ele me consolava.

Eu me afasto um pouco dele ao perceber que as pessoas estavam olhando.

- Obrigado! - Sorri.

- Pode contar comigo pra tudo Hiago. - Ele também sorri para mim.

Eu não disse nada, subi na bicicleta.

- Até mais tarde Alan - Falei saindo.

- Até mais tarde Hiago. - Ele acena com as mãos.

Fui pra casa, o cheiro de Alan estava em mim, ele parecia ser tão fofo, droga Hiago, não posso ficar pensando em Alan, ja tenho problemas demais. Entrei em casa, minha mãe estava sentada no sofá.

- Oi mãe - Falo ao ver ela.

- Senta-se aqui Hiago. - Ela estava estranha.

Joguei minha mochila em cima do sofá e me sentei. Ela pega um pacote e me entrega.

- Você conseguiu mãe? - Dou um abraço nela.

- Desde quando? - Ela pergunta.

- Desde quando oque? - Achei estranho.

- Desde quando você gosta desse menino? - Foi um banho de água fria ouvir aquilo.

- Que menino mãe, está louca? Vou pro meu quarto. - Tento fugir do assunto.