The Goodbye

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     Wedding Dress — The Goodbye

     Girassol

A flor preferida dela, que não gostava de rosas. É o amarelo mais bonito do seu jardim. É pai da semente famosa. É o tom preferido de amarelo de Van Gogh. É a filha do Sol com a natureza. É flor que sabe sorrir. É quem sabe achar o sol em dias nublados demais. É saber que dias bons não somem e nem se perdem, só se escondem vez a outra.

— Anónimo.

Esses eram os pensamentos que rondavam sua mente naquele momento, enquanto encarava o vaso de girassóis que por alguma estranha razão sua Omma havia decidido enviar-lhe vez ao invés das usuais flores que ela comumente enviava. Era como se inconscientemente ela quisesse dar-lhe um lembrete de que por mais que tivesse os girassóis ali, diante dele, sempre sentiria uma dor no peito ao lembrar-se de que nunca os poderia ter ter verdadeiramente, ou seja, era uma metáfora encarregue de manter sempre em sua mente que por muito que quisesse, por muito que seu coração clamasse e desejasse, por mais que seus pulmões abafassem seus gritos de desespero, ele nunca teria Amy. Ele seria sempre aquele homem que fica na vitrine da floricultura a observar sua flor preferida, ali a esbanjar seu brilho e emanar seu perfume doce, mas sem nunca poder tê-la para si, e no final… No final ele teria que simplesmente despedir-se e dar-lhe as costas indo embora.

A vida é uma estúpida e cruel metáfora…

E isso trazia a cima, os pensamentos que vinha a ter ultimamente. De entre várias questões e pensamentos que rondavam sua mente nos últimos dias, a que mais prevalecia nela e o que mais insistia era: “Será que existe um manual de sobrevivência para despedidas?

Será que existia uma forma menos dolorosa de se despedir de alguém? De um amor? De um momento que nunca mais irá voltar?

Nos seus insignificantes vinte e quatro anos de existência, por mais que tivesse procurado pelo mesmo, e buscado com tanto afinco e determinação, ele nunca fora capaz de encontrar um manual de despedidas ou uma forma menos dolorosa de despedir-se de alguém. Não só ele, mas nenhum outro ser humano fora capaz de fazê-lo. Despedidas tendem a ser dolorosas, principalmente quando existem sentimentos intensos envolvidos, é quase que impossível, para não dizer completamente impossível escapar ileso a uma despedida. Porém havia ainda quem defendia que “Viver era o processo de acostumar-se com as despedidas.” Quem defendia e dizia tais palavras, era então um hipócrita, pois NÃO HÁ quem se acostume a se despedir, é impossível acostumar-se a algo que nos causa dor, que nos fere e dilacera, mesmo que momentaneamente, a dor aparente passar, a ferida continua lá; mesmo que não seja um corte que para sempre ficará aberto, a cicatriz continuará lá como um lembrete do que perdemos, do que podíamos ter e do que podíamos ser.

Nem tudo o que começa progride, isso era o facto. Algumas coisas, terminavam assim que começavam. Porque todo o começo é assustador, e talvez fosse isso o que tivesse acontecido com Namjoon e Amy. Aliás, talvez não. Era certo que fora isso o que acontecera, seu medo de ser rejeitado fizera-o procrastinar tanto o momento da verdade que quando finalmente tivera coragem para fazê-lo, já alguém lhe havia passado a frente e conseguira fazer o que ele tanto adiara.

Ele às vezes o odiava tanto por isso.

Mas que culpa tinha SeokJin de ser mais corajoso e ousado que ele? Pois é… Nenhuma. Pois verdade seja dita, ele só fizera aquilo que Namjoon nunca tivera coragem para fazer mesmo que tivesse amado Amy desde o primeiro momento que a vira e continuasse a amá-la depois de tantos anos e depois de ela já se ter casado e usado o vestido branco que permeavam seus sonhos por tanto tempo.

Wedding Dress [BTS Shortfic]Onde histórias criam vida. Descubra agora