Ao seu encontro || Justin Bieber

Capítulo 31

Capítulo 31 – Aceito.

"Quando o silêncio não é tranquilo, parece que está ficando difícil respirar. Eu sei que você sente como se estivesse morrendo mas prometo que vou levar o mundo aos seus pés..." (Rise up - Andra Day)

Harlow Finlay POV

02 de maio de 2017. Palm Springs, CA.

Os últimos dias haviam sido difíceis em muitos sentidos. Tive alguns pesadelos e conversas bem abertas com Bernard, tive que dar um depoimento relatando tudo o que aconteceu com Matias, fiquei internada por quase um mês e o pior é que Luke começou a demonstrar alguns problemas respiratórios. Acho que foi a pior parte. Quase não pude ficar com ele em meus braços, porque ele tinha que ficar entubado e na hora de amamentar era horrível.

Mas parece que o dia que eu tanto esperei chegou. Nós dois havíamos ganhado alta no hospital. Ele estava bem melhor e, pode parecer coisa da minha cabeça, até maior ele estava. Justin disse que ele não mudou muito, mas eu vejo mudanças. O cabelo era um castanho bem claro e os olhos, que estavam ganhando cor, num tom azul bem clarinho. Com certeza o sol iria machucar no futuro, como era com os meus.

— Acho que o seu pai esqueceu da gente. — falei, enquanto colocava as roupinhas dele dentro da malinha — E se ele fez isso, eu vou matá-lo hoje mesmo! Você sabe como a mamãe quer ir embora, passei os últimos dias falando sobre isso com você. — e ele em encarou curioso, cuspindo a chupeta e remexendo os braços — Eu não posso matar o seu pai?

— Falando mal de mim? — Justin entrou no quarto segurando a cadeirinha do Luke e sorriu.

— Só estava avisando ao Luke que se você esquecesse da gente, eu iria matar você.

— Eu não faria isso. Estou doido para tê-los em casa. — abraçou a minha cintura e beijou meus lábios — Te amo muito.

Abri um sorriso de lado e acariciei seus fios loiros.

— Recíproco. — afirmei — Ei, garotão. É hora de ir para casa.

— Eu estou feliz que vocês estão bem. — Justin disse pegando as bolsas e eu peguei Luke, colocando-o na cadeirinha — Tive medo quando o médico disse que vocês precisariam ficar aqui mais alguns dias. Isso nunca é um bom sinal.

— Acho que nossa vida está tão boa assim, só vai melhorar agora.

— Estavam indo embora sem despedir-se? — Dr. Erick disse animado, parado na porta do quarto — Estou feliz em vê-los bem.

— Obrigada por tudo. — sorri.

Durante o caminho para casa, pude perceber que estava com saudade daquela vista. Era estranha ir apenas até o jardim do hospital. Agora poderia levar Luke à praia para pegar o sol da manhã, ou até mesmo na varanda. Poderia observar as ondas batendo. Tudo que fiquei privada enquanto estava internada. E o melhor de tudo é que faria isso com meu filho.

Justin estacionou o carro e eu sorri animada vendo a minha casa. Estava com saudade, com certeza. Sai do veículo, peguei meu bebê no banco de trás e esperei meu amor para entrarmos em casa juntos.

— Está cansada? — perguntou, abrindo a porta.

— Não muito, mas adoraria ficar um pouco na minha cama. — sorri — Com você ao lado, óbvio.

— Aquela cama de hospital é realmente muito pequena para nós dois. — rimos — Mas tenho uma surpresa para você.

Quando entramos na sala, uma enorme faixa de "bem-vindos" estava pendurada e todos os meus amigos e família estavam lá. Abri um sorriso enquanto eles gritavam "supresa". Luke, em meus braços, abriu os olhões azuis e fez careta. Era um menino cheio de caras e bocas.