CAPÍTULO 9

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Abri e fechei meus olhos, uma, duas, três vezes, na quarta os mantive abertos de forma forçada. Eu não estava em casa, apesar do escuro do quarto eu não reconhecia o lugar, sabia que não era meu quarto e definitivamente, eu não sabia sequer onde eu estava. Mas calma ai, eu lembrava sim de tudo que aconteceu na noite anterior. Também me lembro de quão sem noção eu me comportei.

Com uma certa dificuldade, sentei-me na cama, estava completamente nua mas com lençóis brancos e um edredom bege claro sobre mim. Flexionei as pernas e apoiei minha cabeça sobre meus joelhos, sentindo-a latejar e latejar, minha nuca também doía, assim como meus olhos! Boa, era uma baita de uma enxaqueca. Engoli seco, estava morrendo de sede e um gosto horrível na boca. Ainda no escuro passei os olhos por aquele quarto, era um quarto de luxo com uma decoração delicada e tudo combinando.

- Ok! Me mantenha informado. - a essa voz, essa voz rouca que eu conhecia muito bem, foi o que escutei quando ele se aproximou do quarto e abriu a porta com cuidado, com claridade que vinha do corredor ele pode me ver. - está acordada. - fechou a porta e caminhou em minha direção ligando o abajur, fechei os olhos e tampei meu rosto com uma mão. - dormiu bem? - sentou ao meu lado e alisou minhas costas nua. Assenti.

- Como a tempo não dormia. Que horas são? - perguntei

- Hã!! - olhou em seu punho - 15horas. - o mirei

- Eu dormi tudo isso?

- Estava precisando.

- Preciso ir embora. - tirei tudo aquilo de cima de mim e fui levantando

- Dul - disse calmo, enquanto me segurava pelo braço. O olhei - fique. Não precisa ir agora. - ah esse homem, esse homem que tanto me causava arrepios, essa voz rouca que me ganhava cada vez mais - tome um banho, relaxe.

- Christopher, esse hotel deve ser um absurdo! Já fiquei tempo demais aqui. - ele abaixou a cabeça e sorriu, logo voltou a me olhar ainda com um sorriso encantador

- Não se preocupe com isso. - acarinhou meu rosto - consegui um preço legal. - deu de ombros - o hotel é de meu chefe, como funcionários temos um bom desconto. - assentiu

- Caramba. - ri rápido - de qualquer forma estou atrapalhando seu trabalho.

- Eu tenho que voltar daqui algumas horas apenas. Também não precisa se preocupar. - fiquei em silêncio, na verdade tudo que eu precisava era ficar ao seu lado, abraçado com ele, naquela cama, sentindo seu perfume.

- Tudo bem.

Acho que esse foi um dos banhos mais demorados que eu já tomei na vida, ali tinha tudo o que eu precisava, escova de dente, pasta de dente, sabonetes, shampoo, condicionador, toalhas e até um secador de cabelo. Sequei meu cabelo bem sequinho me enrolei na toalha e sai para o quarto. Minha cabeça ainda doía muito e meu corpo tava bastante estranho.

- Tenho certeza de que está com fome. - Christopher disse assim que bati o olho naquela mesa, que antes tinha um arranjo de rosas vermelhas, agora estava cheia de comida. E sim, eu estava morrendo de fome. Ele puxou uma cadeira para mim, o olhei e ele sorriu torto. Isso tudo era muito para mim. Ajeitei a toalha no meu corpo e me aproximei, uma vez que eu estava sem roupas limpas tive que ficar com a toalha mesmo. Christopher saiu de trás da cadeira e aproximou-se mais rápido, puxou a toalha, me deixando nua novamente... em seguida, tirou sua blusa de frio, me deixando perdida em seu corpo - vista. - estendeu-a. Era uma blusa de linho mais grosso e bege, ele estava simplesmente maravilhoso com ela, alias, sempre que chegava perto de mim eu ficava perdida do quão bonito ele era.

- Mas...

- Sem mais Dulce. - me interrompeu e começou a me vestir sua blusa, que ficou mais parecendo um vestido para mim. Sorri. - agora sente aqui, venha almoçar. Pedi alguns sanduíches, algumas frutas e esse suco, mais água. Achei melhor do que um almoço tradicional, do jeito que estava vai te fazer bem.

ATÉ O LIMITE (Vondy)Onde histórias criam vida. Descubra agora