Inseparáveis

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Fazia tempo que o apartamento na Lapa não sabia o que era movimento. Nos últimos dias o lugar foi tomado pelo silêncio absoluto. Isso estava prestes a mudar quando os dois moradores dela passaram rapidamente pela porta da frente, em meio à conversas e risadas. Estavam bastante agitados, nem pareciam que tinham aproveitado o fim de tarde,

E no que dependesse dos dois, aproveitariam por muito mais tempo. Naquela parte do dia onde não se sabia se era tarde ou noite, Thiago e Mikael se comportavam como os velhos e típicos amigos de sempre. Faziam cada minuto juntos parecer uma eternidade. Pois o que mais queriam era tirar o atraso, em vários sentidos.

Principalmente o barbudo que após jogar sua bolsa no sofá, foi direto colar no tatuado que foi tomar uma água. Pegou o DJ pela cintura e esfregou o nariz em seu pescoço cheirando-o. Estava muito animado.

— Para Mika, você acabou de jogar. — Riu fraco — Tá suado.

— Tô nada. Eu tomei banho depois.

— Pior ainda. Tá cheirando cachorro molhado.

— Você sempre fresco pra cheiro, né? Até parece que não curte.

— Humm. Depende. — Sorriu malicioso.

— E você vive dizendo que adora beijar seu melhor amigo na boca

— É. — Concordou virando-se para Mika — Eu adorava.

— Adorava? O que mudou? — Perguntou cruzando os braços.

Thiago fez um suspense, sorriu malicioso olhando para Mika. Depois, tirou a camisa e respondeu.

— Eu quero ficar viciado nisso.

Dito isso, o tatuado colou seu corpo no amigo e beijou-lhe. As línguas saiam das bocas tamanha a agitação deles. Completamente excitados, não se importaram em nenhum momento se estravam apressados demais. Eles queriam demais aquilo e quanto mais cedo, mais tempo teriam.

Mika interrompeu o beijo por alguns segundos. Olhou bufando para Thiago feito um touro, totalmente sedento. Arrancou sua camisa quase rasgando. E depois voltou a beijar o tatuado na mesma intensidade de antes, segurando em sua nuca. Roçavam seus corpos fortemente na necessidade do contato extremo entre as peles. O barbudo descia suas mãos pelas costas dele até às calças, tentando abaixá-las. Tentando tirá-las.

O DJ fez o mesmo. Um queria despir o outro. Foram se agarrando em direção ao quarto de Mika formando uma trilha de vestes jogadas pelo chão por onde passavam. Quando chegaram ao quarto, já estavam como vieram ao mundo. Exatamente do jeito que queriam estar, do jeito que um queria ver o outro.

O desejo pela nudez completa não era apenas sexual. Estando nus, viam-se como eram de verdade, revelavam-se ao máximo. Toda a verdade, a intimidade, tudo à vista. Algo que só eles viam, e que queriam se ver o quanto podiam.

Entre a borda da cama e o guarda-roupa, bem no meio. Eles se agarravam em pé, pelados, com mãos descendo e subindo. Corpos colados e peles grudadas. Os dedos dos pés de ambos se tocavam sutilmente por estarem tão próximos. Beijos mais que desejados e que foram longos. Era como se as preocupações, os acontecimentos do passado e do presente, nada disso existissem. Apenas os dois e nada mais.

Foram para a cama, ficaram de joelhos. Um de frente para o outro, continuaram se beijando e se agarrando. O vício pela carne estava mais gostoso, mais necessário. Um passava a mão na bunda do outro e não escondiam o total desejo em curtir seus corpos por inteiro. Paravam o beijo por alguns segundos para respirar, olhavam-se pelados e seus membros pulsavam de excitação.

Thiago pegou o sexo de Mika e o fez friccionar no seu. O barbudo virava os olhos com frottage. Desde que que começaram a se pegar estavam doidos para esse ato, o favorito deles. O DJ virava-se para trás movimentando seu quadril para frente e para trás enquanto gemia ofegante roçando seu membro e olhando para o corpo de seu melhor amigo. O publicitário não fez por menos, puxou o rapaz para si e voltou a beijá-lo.

Amizade Com Algo a Mais 2Onde histórias criam vida. Descubra agora