1ª carta

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Hii! Leiam com a música do lado* (Amazing Piano Song) Aproveitem *-*

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«5 de Setembro de 2008

    Meu querido Liam,

      

      Hoje foi o dia em que realmente acreditei que tinhas partido. O dia em que vi o teu corpo sem vida entre quatro tábuas de madeira escura.O dia em que soube que nunca mais ouviria a tua voz a dizer “Bom dia meu amor” todas as manhãs. O dia em que passei a ser apenas “eu”...

Bem, vou passar a contar-te como foi o teu funeral.

    « As lágrimas desfocam o meu campo de visão enquanto o vestido preto, rendado e pelos joelhos, desliza pelo meu corpo. Umas meias de vidro, também elas pretas, sobem pelas minhas pernas. Calço umas sabrinas, pretas, e pego num ramo de rosas vermelhas.

“Estou pronta.” aviso a mãe do meu marido, quer dizer ex-marido.

“Então vamos, meu amor.” ela pega e enrola o seu braço no meu e saimos de casa dela.

   Entramos no carro, o marido de Karen-mãe de Liam- ao volante. Ela no lugar do passageiro e eu num dos lugares de trás. Sozinha. Apenas eu e os meus pensamentos mórbidos.

Em 15 minutos chegamos à igreja em que o funeral de Liam vai acontecer.

   Pego no meu elogio funebre, e releio-o procurando erros. O papel está um pouco humedecido, e a esbotar, graças às muitas lágrimas derramadas a escreve-lo.

   Muitas pessoas já se encontram na capela, maioritariamente familiares mas também se encontram alguns amigos.  Algumas caras conhecidas, e outras que nunca vi na vida.

  Muitos dos presentes dirigem-se a mim, cumprimentam-me e dão os seus pesame- algo como “Lamento a sua perda, o seu marido foi um grande homem”.Eles mal sabem o que estou a sentir. Ninguém sabe. Ninguém entende o que é perder um marido ainda jovem, com muitos anos pela frente. Tudo graças a um desastre natural. A um remoinho marítimo que destruiu a vida a vários homens. Entre eles o meu marido.

 •

    O padre aparece e dá início a missa em memória a Liam. O tempo passa devagar, com palavras sobre Deus e o Ciclo da Vida. O meu nome soa. Aproximo-me do altar. Faço uma pequena vénia. Endireito as minhas folhas, e dou início a um comprido elogio.

   “O meu marido, Liam Payne, foi o melhor que eu podia ter tido. O meu amor. Perdeu a vida por mim, apenas tentava ganhar um pouco de dinheiro para começarmos uma vida.” Faço uma pausa para limpar as pequenas lágrimas que caiam. “Podemos ter sido casados durante pouco tempo, 9 meses, para ser precisa, mas mesmo assim eu sofri muito com a sua “partida” e continuo a sofrer. Mas bem, não vamos falar sobre o nosso romance de pouca duração, mas sim dele.” Faço uma pausa para trocar de folha. “Liam Payne, nascido em Wolverhampton, foi um rapaz que com apenas 24 anos partiu para o “outro lado”. Ainda tinha tanto para viver, tanto para aprender...Foi um rapaz humilde, sempre a sorrir, ajudava todos, mesmo quem não precisava.” Uma pessoa em concreto pode-se dizer “E com isto quero dizer que enquanto que nós perdemos um amigo, um familiar, um marido, o céu ganhou um novo anjo, uma nova estrela, que vai olhar sempre por nós todos.” As lágrimas correm com mais velocidade “Eu amo-te Liam Payne, e vou sempre amar.”- dirigo-me de novo ao meu lugar, e agarro-me a Karen chorando.

   Os elogios funebres continuam, mas por palavras de outros familiares e amigos.

     Atiro as rosas do meu ramo, um-a-uma, para o grande buraco em que se encontra o corpo sem vida de Liam dentro de um caixão. O resto das pessoas importantes para ele atiram uma mão de terra. O meu sogro abraça-me e passa as suas  mãos pelos meus cabelos castanhos. As minhas lágrimas a molhar o seu blazer preto. Assim ficamos uns longos minutos, o único som audivel o das minhas fungadelas. Karen também  chora, tal como Geoff- pai de Liam. Afastamo-nos todos do cemitério, e entramos no Mercedes seguindo caminho para casa.»

   Foi um dos piores dias da minha vida. Quase que ainda sinto o cheiro a azevinho que preenchia o ar, e o vento que remexia os meus cabelos.

   Pego numa moldura- foi no nosso casamento. O meu cabelo estava apanhado num puxo, com alguns canudos soltos sobre a minha face. O meu vestido era branco, não muito comprido, não muito curto. Era rendado atrás- sim, gosto muito de rendas- mas não tinha cauda. Também não levei véu. Nunca gostei desses costumes de levar algo a tapar a nossa cara, antes do beijo final.  Liam ia com um fato azul escuro, camisa branca e gravata bordeux. O seu cabelo curto, com gel. Ele estava simplesmente perfeito.  

   Agora isto tudo serão apenas memórias e passarei a ser chamada de “viúva de Liam Payne”...

Com muito amor,

          K.P.

 *

Boa noite meus amores! Como vão? Bem, aqui está a primeira carta encontrada pelo Harry, escrita por mim- sim, eu vou escrever as partes mais mórbidas .-. Bem, obrigada pelos comentários s2 s2 continuem assim «3 

Ly all, Stone*

 

 

 

Underwater Love ll h.s. w/ KiksAlmeidaOnde histórias criam vida. Descubra agora