capítulo 4

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próximo capítulo é o último, chorem comigo [qualquer erro, me avisem, pode ter passado despercebido]

Os lábios de um se moviam pela pele do outro. Dylan passeava pelo corpo de Thomas com beijos suaves e molhados, sua língua com um gosto salgado causado pelo suor.

Ele não sabia como tinham chegado até ali, em sua cabeça apenas um borrão de memórias de minutos antes. Toda vez que piscava, alguma coisa mudava – mesmo assim, estava consciente de tudo que acontecia.

Ele gostou do jeito que Thomas gemeu e passou seus dedos por suas costas nuas. Ele amou ter Thomas exatamente como imaginava em seus sonhos mais profundos. Seu gosto, seu sorriso, como seu toque provocava sensações, tinha Dylan suspirando e pedindo por mais. Mas era como era, toda vez que piscava, algo mudava.

Piscou, ele queria sentir os lábios de Thomas contra os seus novamente. Piscou, estava tirando a calça do loiro. Piscou, Thomas estava em cima dele desabotoando sua calça enquanto afundava seus dentes na pele do moreno, que agora se sentia quente e suado. Piscou, Dylan olhava diretamente para aqueles olhos castanhos por um minuto inteiro, ponderando se Thomas estava bêbado ou não, se sabia o que eles estavam fazendo ou se ia negar na manhã seguinte. Ele se perguntou se Thomas era capaz de perceber seus sentimentos, de ver através dele e ler sua mente, de perceber que não estava fazendo isso por causa do álcool; ele podia estar bêbado, sim, mas ele também estava sendo sincero em todas as suas ações.

— Dyl… – Thomas resmungou, Dylan beijou o seu pescoço, o loiro estremeceu e dizia coisas sem sentido.

Sua bocas se encontraram novamente, dentes colidindo e línguas brigando, gemidos saindo de suas gargantas.

Não era só luxúria, era algo muito mais profundo, algo que Dylan sempre tentou ignorar, mas que agora era impossível; seu corpo estava fazendo o que seu subconsciente queria e estava tudo bem porque ele não estava resistindo também. A questão rondando sua cabeça era se Thomas sentia a mesma coisa – e ele nem ao menos sabia se era capaz de pensar naquele estado – mas isso não poderia ajudá-lo, a insegurança estava tirando o melhor dele. Ele não queria ser apenas um caso de uma noite para Thomas; queria mostrar o quanto o amava a partir desse ato, mas ele meio que temia não se lembrar de nada no dia seguinte.

Ele sentiu sua boxer sendo retirada, o toque estrangeiro, mas agradável das mãos do loiro no seu membro, o levando para o céu e o puxando de volta. Ele revirou os olhos, delirando e então mordeu o lábio inferior contendo os gemidos que queriam escapar desesperadamente dos seus lábios.

Não era preciso de palavras e Dylan estava confortável com isso. Ele abriu seus olhos e se aproximou de Thomas olhando-o diretamente nos dele: o desejo era visível, mas ele rezava para encontrar algo a mais neles, um pouco de amor. Dylan rezava para que ele pudesse ver o que sentia, claramente.

Os lábios de Thomas estavam no pescoço de Dylan mais uma vez, e ele se sentia tão bem; o garoto britânico estava o deixando louco e nem mesmo sabia disso.

Meu Deus… – Dylan sussurrou, o loiro deixou um sorrisinho escapar que o deixou fascinado. Thomas movia o membro de Dylan para cima a para baixo, enquanto ele apertava suas costas e afundava as unhas em sua pele, deixando pequenas marcas vermelhas. – Porra – disse, sua voz mais alta.

— Dyl, você tem que ficar quieto – murmurou baixinho, um sorriso estampado no rosto. Ele parou o que estava fazendo e Dylan gemeu em reprovação. – Você não quer que ninguém nos ouça, não é?

De certa forma, só de ouvir o sotaque de Thomas, Dylan ficou mais excitado que há segundos atrás. Ele beijou o loiro com desejo, um beijo desleixado, enquanto Thomas continuava trabalhando em seu membro com Dylan pedido por mais.

As coisas aconteceram muito rápido, houveram momentos em que Dylan pensou estar sonhando porque era quase surreal.

Uma sensação completamente nova percorreu sua espinha: estranha e não era exatamente prazer. Um dos dedos de Thomas estava dentro dele, parecendo uma pontada; horrível e desconfortável. Embora, depois de algum tempo, com mais um dedo dentro de si, ele já não pudesse controlar seus gemidos.

Para eles, era melhor do que o imaginado, mesmo que Dylan tivesse pensando no quanto aquilo machucava de primeira. Thomas foi delicado, tão cuidado em não fazer nenhum mal e em se importar mais com o prazer de Dylan do que com o próprio, então ele demorou para entrar em Dylan, o último sempre o assegurando que estava bem.

Bem, a princípio foi uma mentira porque a dor demorou a cessar, mas então, a dor foi substituída por puro prazer.

— Você está bem? – Thomas perguntou, próximo ao ouvido de Dylan enquanto cessava os movimentos, acariciando uma das pernas que estavam em volta do seu torso.

— Uhum… – respondeu, olhando diretamente nos olhos castanhos e assentindo.

— Você tem certe…

— Meu Deus, Thomas! – ele riu, puxando o garoto pelo pescoço para um beijo. Ele também movimentou seus quadris provocando uma sensação que faz com que ambos soltassem um gemido.  — Agora, continua – adicionou, com a voz carregada de luxúria.

Então Thomas obedeceu. Ele voltou a se movimentar dentro de Dylan; um movimento tão lentamente doloroso que logo ganhou velocidade, e ambos queriam gritar de prazer – especialmente Dylan, ele era o mais vocal. O melhor de tudo era a ternura de um perante o outro, os toques suaves, quase como se estivessem se contemplando.

E aconteceu: piscou, Dylan achava que poderia tocar as nuvens do céu com as pontas dos dedos. Piscou. Ele beijou Thomas mais uma vez, descansou a cabeça no peito do mais velho e pensou que não poderia estar mais feliz antes de fechar os olhos e cair no sono, um pequeno sorriso nos lábios.

©PLSTOMMYPLEASE

alcohol is a funny thing · dylmas [portuguese version]Onde histórias criam vida. Descubra agora