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Horas depois

Eu realmente tinha gostado daquela bebida, a tal Michelada, tanto é que era a quinta que havia bebido desde que chegara ao Debarbas Bebedero, um bar aconchegante para onde Sandoval levou me.

O papo estava bom, a comida maravilhosa e nada de alguma mexicana que me interessasse.

Devia estar mesmo a envelhecer!!! Pensei.

-Temos que ir.- Falei olhando para o relógio e meu guia assentiu olhando-me com estranheza; pedi a conta e terminei minha bebida enquanto esperava.

***

Não demorou muito, adentrei o hotel onde estava hospedado. Ainda na companhia de Sandoval que me acompanhava.

-Nos vemos mañana, que horas te encuentro. -O homem falou se despedindo.

-Ohhh lo siento mucho, pero mañana voy a salir por ahí solo, pero si me pierdo te llamo (sinto muito mas amanhã vou sair por aí sozinho, mas se me perder te ligo). -Respondi descontraído passando as mãos pelos cabelos num gesto cansado.

-Está bem.- Respondeu no meu idioma e nos despedimos ,obviamente que ele não ia opor-se já que eu tinha pago o equivalente ao seu salário semanal, e com um pouco de inteligência ele arranjaria outro cliente e ganharia ainda mais.

Era para ser uma noite onde eu ia me embebedar até de madrugada, mas o cansaço tinha me dominado...

Subi para minha suíte e em pouco tempo estava caindo de sono.

Será que estava mesmo a ficar mesmo velho?


Por Samantha Blue Smith (nome verdadeiro)

É proibido sonhar quando se é  pobre, né?

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É proibido sonhar quando se é pobre, né?

Haaa que se dane, eu sempre sonhei mesmo assim e não me importo, sonho alto e o meu mais alto é colocar os pés nos Estados Unidos.

Ok, tudo bem, pode rir! Deve ter mesmo graça, mas não estou nem tão pouco preocupada, se a primeira risada bem alta na minha cara foi da minha mãe, aquela desgraçada sempre me achou incapaz. Depois foi o desgraçado do homem que cuidou de mim assim que saí da casa de minha mãe.

Hoje ninguém mais ri da minha cara, apesar de ser mal tratada não deixo ninguém dizer que sou incapaz. Não cheguei ainda aos Estados Unidos, mas México, já ficou no passado para Samantha Smith.

Fui obrigada a tomar decisões que não me orgulham em nada. E por conta própria decidi usar a lei da vida para chegar onde eu quero, e eu quero os Estados Unidos.

Vou seguir a lei da sobrevivência, até porque não tenho escolha, eu não tive muitas opções, fui obrigada a agir contra meus próprios princípios e o que realmente acreditava, mas não me vitimizo por isso. Não mais!

DETERMINADOS  Livro I ||: Golpe Certeiro (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora