thirteen

1.4K 122 1
                                    

 Diana corria pelo campo animada, ela estava indo se encontrar com Anne, seus pais tinham tido uma longa conversa com ela e haviam decidido deixar a garota livre para ir a fazenda dos Cuthberts quando quisesse. A menina não tinha permissão para fazer muitas coisas, seus pais eram muito rígidos em relação a educação de suas filhas, e ela sabia que tinha que aproveitar cada brecha que pudesse escapar e viver.

Ela sorriu quando avistou uma confusão ruiva no celeiro e correu em direção a sua amiga.

— Anne! — ela não esperou suas pernas alcançarem e pulou na amiga.

— Diana— Anne colocou a mão no peito, tinha levado um susto com a aparição repentina da amiga- se você  me matar de susto, quase conseguiu.

-—me desculpe, — Diana riu- mas meus pais concordaram em me deixar vir aqui quando quiser.

Anne sorriu e abraçou a morena.

— Isso é fantástico, Diana!

— Realmente, fantástico...

Jerry se esgueirou por de trás da palha.

— Não perdeu o costume de bisbolhotar os outros, não é mesmo, Jerry? — a ruiva riu dele.

O menino revirou os olhos.

— Pelo menos não sou eu quem fala com cavalos! — Anne bufou e ameaçou pular em cima do garoto, Diana colocou a mão no ombro da amiga conseguindo a acalmar.

— Anne vamos fazer um piquenique no campo, lembra? — ela lembrou.

— É verdade, você teve sorte Jerry, não tenho tempo pra te dar um soco agora— o menino riu— Diana, vou pegar umas maçãs lá dentro, me espere aqui por favor.

Se passou mais tempo do que Anne precisaria para pegar as maçãs e Diana estava começando a se entediar, Jerry a encarava de longe e contava cada passo que a garota dava. Ele se surpreendeu quando ela resolveu falar com ele;

— Eu sei que está me olhando— ela disse sem por os olhos nele.

— Então olhe pra mim também...

Ela se virou para ele.

— Por que acha que gosta de mim? — as palavras saíram de sua boca escorregando— Anne me conta tudo o que fala de mim, e não acho que tenha motivos pra me dar tantos elogios.

— Na verdade não sei, você só parece sempre tão séria, como se estivesse esperando por algo mesmo não tendo nada para esperar— ele disse rindo— é como uma árvore, anos se passam e ela continua ali, no mesmo lugar crescendo e criando novas raízes.

— Está me dizendo que sou uma árvore?

Ela riu como se tivesse ouvido uma piada.

— Acho que sim— Jerry respondeu— mas você é uma árvore bonita.

— Essa foi uma cantada ruim— Diana falou sem acreditar.

— Não, apenas disse a verdade.

Eles se olharam por algum tempo, Diana não entendia por que o garoto gostava tanto dela, mas não via mal nenhum em tentar gostar do mesmo jeito dele. Podia dar muito errado, mas ela não pensou nisso.

— Finalmente achei as maçãs! Você acredita que Marilla está começando a esconder comida de Matthew e mim? — Anne chegou, quebrando o clima recém formado em pedacinhos— Vamos Diana?

— Au revoir bel arbre! — Jerry voltou para os fundos e exclamou, enquanto ainda trabalhava.

— Vamos Anne.

Letters for YouOnde histórias criam vida. Descubra agora