capítulo 5

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Passei quase uma hora pra guardar tudo e desfazer as malas, mas no fim ficou tudo do certinho, do jeito que eu queria. Pelo menos serviu pra me distrair um pouco essa arrumação toda.

Peguei minha toalha e fui tomar un banho, passei un bom tempo no chuveiro quando escuto alguém bater na porta. Pensei que fosse o Felipe voltando então me enrolei na toalha e sai pra abrir a porta do quarto.

- Nossa morena, tá de parabéns heim - disse o Lucas olhando pro meu corpo - até que o menor tá pegando uma top dessa vez, cadê ele?

O idiota ficou sorrindo pra mim me encarando e eu só queria como ele podia ser tão burro pra falar uma coisa dessas.

- Se toca garoto, eu não pego ele não viaja, e vê se da licença que como você pode ver ele não tá aqui - falei fechando a porta na cara dele mas ele foi mais rápido e colocou o pé, me impedindo.

- Baixa a bola que tu tá muito marrenta pro meu gosto, tá achando que é quem filhona.

- GAROTO SAI DAQUI - eu disse gritando - já disse que ele não tá, tu é surdo?

- Fala direito comigo que você tá é no meu morro menina - falou me pegando pelo braço e apertando forte.

- Aí caralho, me solta - eu tentava me soltar e ele me apertava cada vez mais forte - eu tô pouco me lixando que aqui é seu morro Lucas, não toca a mão em mim, ridículo.

- QUEM TE DISSE QUE MEU NOME É LUCAS PORRA?

Me soltei do aperto dele e o olhei bem séria, tava só o ódio desse estúpido, como pode ser tão sonso? Eu nem tô tão diferente assim, Deus me ajude a ter paciência.

- Sai. Daqui. Agora. - eu disse pausadamente, pra ver se assim ele entendia logo.

- Vou trocar uma idéia com o menor, cê ta muito cheia de marra pra quem não é nada aqui menina, e tu nunca mais volta a me chamar de Lucas, tu não tem essa intimidade não.
 
Eu já tava com os olhos cheios de lágrimas mas segurei até ele sair batendo a porta, voltei pro banheiro e desabei de chorar.

Eu fui tão insignificante na vida dele que nem de mim ele se lembra, eu esperei por ele todo esse tempo atoa, tem como ser mais burra que isso?

×××

JAPA

Depois que eu levei a mina lá goma do menor alguma coisa ficou me incomodando, parecia qe eu ja conhecia aquela morena, que parada estranha.

Resolvi pesquisar e mandar o dodô saber qual era a fita dela, mas o mano foi e não voltou e como eu tava intrigado não quis esperar, fui eu mesmo descolar qual era a fita dela.

Cheguei na casa dele e gritei pra porra lá fora mas ninguém respondeu, fui imbicando até o quarto e olha quem abre a porta de toalha, logo a morena cê é louco, gostosa pra caralho, mais só de boca fechada, mina marrenta cara.

Ela quis logo crescer pra cima de mim, mandei logo o papo e se pá até exagerei mas ela tava folgadinha demais mano, mereceu.

Sai de lá na mó neurose, virado no ódio e já encostei na boca pra ver se trombava o menor.

- EAE MENOR - dei o grito quando entrei pra localizar o cara.

- Aqui na laje parça.

- Mano qual é a daquela mina que tá na sua casa?

- O que tem ela? - ele tava bolando baseado, nem me deu atenção.

- Fui lá falar contigo e a mina ja veio me embassando, vê se pode.

- Vish parça fica suave que essa tem mó gênio forte mesmo - ele deu risada acendendo o beck.

- Cê tem que arrumar umas vagabundas mais tranquila carai, mina mó doidona.

- VAGABUNDA É O CARALHO OLHA COMO TU FALA DA MINHA IRMÃ PARCEIRO - o mano gritou e veio apontando dedo na minha cara todo bolado.

- Sua irmã?

Ele ficou em silêncio e eu fiquei logo neurado, não acredito que o cara escondeu isso de mim.

- Responde caralho, aquela mina é a Maysa?

Cria da Quebrada P.J.LOnde histórias criam vida. Descubra agora