Harvey conduziu Donna até uma mesa. Mike veio logo em seguida, ainda atordoado com o rumo que aquela discursão tinha tomado. Ele não acreditava que Harvey tinha conseguido contornar a situação e ainda arrumou um "date".
-Ei kid, vai pegar algumas bebidas ali no bar. – Harvey falou pra Mike como se quisesse expulsar ele dali.
-Cara qual o seu problema? Para de me chamar de criança. Você parece minha avó. – Mike falava incrédulo.
-Wow, vamos com calma que eu não sou tão velho, alias sou apenas um ano mais velho que você. – Harvey falava em direção a Mike e trocando os olhares com Donna que estava a sua frente sentada.
-Então pare de agir como se tivesse 70 anos! – Mike falava sério com Harvey, mas ele não dava muita importância ao garoto.
-Anda logo kid! – Harvey falou com uma cara de poucos amigos para Mike.
Donna observava os dois rindo discretamente, percebia o quanto eles gostavam um do outro, e mesmo Harvey parecendo meio rabugento com Mike, ela sabia o quanto ele amava-o, era perceptível a relação de carinho e irmandade que eles tinham.
-E então? – Harvey chamou a atenção de Donna.
-E então o que? – Ela perguntou confusa.
-Qual seu nome? – Ele perguntou como se fosse obvio o que ele queria dizer.
-Ah – Ela sorriu. – Qual o seu nome sr.? – Ela perguntou lançando um olhar desafiador.
Ele também riu e resolveu entrar na brincadeira dela.
-Eu perguntei primeiro. – Ele falou se recostando na cadeira.
-Mas você me convidou, então você que faz as primeiras apresentações.
-Isso não faz o menor sentindo. – Ele falou fazendo uma cara meio confusa.
-Mas é claro que faz! Você me convidou, você se apresenta primeiro. Vai que eu digo meu nome e você começa uma caçada louca atrás de mim? Quem me garante que você não é psicopata? – Ela fazia uma careta pra ele.
-E quem me garante que você não é uma psicopata? Que você não iria fazer a mesma coisa? – Ele retribui imitando-a.
-Se você achasse que eu realmente sou uma psicopata, não teria me convidado para um drink. Estou errada?
-Não. – Ele a analisava, um sorriso tímido nos lábios, denunciava o quanto ele estava a vontade com ela.
-Minha teoria faz todo sentido. – Ela falava também com um sorriso nos lábios.
Ele ainda estava sorrindo da situação, era estranho pra ele estar tão a vontade com uma pessoa que ele mal conhecia, uma pessoa que ele só tinha visto quando tinha 10 anos de idade. Era estranho, mas ao mesmo tempo familiar.
-Specter. Harvey Specter. – Ele falou tentando imitar a eternizada fala de James Bond e fazendo uma cara como se estivesse tentando seduzir alguém.
Ela não segurou o riso.
-Isso foi pra me impressionar? – Ela falava entra uma risada ou outra.
-Claro que não. – Ele se apoio na mesa chegado mais próximo dele.
-Não é o que está parecendo. – Ela ainda mantinha o sorriso nos lábios.
-Não é como se eu precisasse fazer algo pra te impressionar. Look, I'm hot. – Ele falava com toda a convicção do universo.
-"Hot" eu não posso concordar, mas prepotente com toda certeza! – Ela falou, mas em sua cabeça, ela não poderia estar mais de acordo com ele. Com toda a certeza, sim, ele era "hot".