Minha porta estava trancada, e meu coração acelerado. Era agora ou nunca, eu iria abrir aquela caixa, ver o que tinha dentro, e seguir a minha vida. E por que era tão difícil? iny era difícil para mim, saber que eu a perdi era difícil.
Mas eu abri mesmo assim; e tinham três únicas coisas, uma carta, uma foto, e uma flor.
A flor era dessas que os caras compram para as garotas usarem em suas mãos no dia do baile, e era azul, a cor do vestido que eu usaria. Eu me lembrei como se fosse naquele mesmo dia, toda a ansiedade de vê-la usando uma roupa tão chique. Ela tinha comprado aquilo para mim e toda a sensibilidade que eu não tinha antes do acidente, veio junto com o trauma e aquela flor em minhas mãos, me deixando com lágrimas nos olhos.
A carta foi a segunda coisa que eu peguei, mas não era como todas as outras, não tinham vários elogios ou preocupações escritas nela, como eu estava acostumado; era apenas uma única frase:
Dez, 15
Eu te amo, Momo.
Com amor, Nayeon.
Aquilo foi o suficiente para eu arfar alto e sorrir, mas não sabia se era pela confissão, ou pelo seu belo nome logo ali.
- Nayeon... - cochichei para mim mesma, a voz trêmula e falha - Que nome bonito. É um nome realmente bonito.
Sequei minhas lágrimas que desciam pelas bochechas murchas e respirei fundo, minha mão foi lentamente até o último item da caixa, o peguei e acabei piscando descompassado. Engoli seco enquanto o analisava detalhe por detalhe, totalmente sem rumo. Eu nunca tinha sentido meu coração acelerar tanto. Ela era tão linda, tão maravilhosa e eu acredito que me apaixonei mais uma vez. E aquilo obviamente fez meu coração doer, porque eu sabia que havia perdido a única garota que me amou daquela forma, e quem eu provavelmente mais amei em toda a curta vida que eu tive antes do acidente.
Meu coração batia forte e meu cérebro trabalhava enquanto eu tinha mil pensamentos passando pela minha mente. Eu tentava coloca-los em ordem, precisava respirar, mas era difícil. Tudo vinha como uma bomba e eu só pensava quando ela finalmente explodisse.
- Momo? Você tá bem? - ouvi a voz da minha mãe - Filha, abre a porta! Momo!
Ela continuava a gritar enquanto eu decidia o que iria fazer. E assim que finalmente cheguei a um ponto, eu corri até a porta e a abri com uma única expressão em meu rosto. Foi como se toda a adrenalina do mundo se juntasse no meu corpo, me fazendo ser capaz de decidir uma só coisa: - Eu preciso ir pra Daegu.
A bomba explodiu.
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10881 [♡] namo; twice.
Fanfichirai momo acorda de um coma e encontra as cartas de um antigo amor, então decide encontrá-la depois de anos. © original by loztus